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20 de abril de 2024 - 10:20

Turismo, fator de desenvolvimento sustentável – 2ª parte

Lairson Palermo*

O turismo não é necessariamente desejável ou viável em todas as localidades. O potencial para o desenvolvimento de turismo tem de ser examinado pontualmente para cada comunidade. Muitos são os benefícios do desenvolvimento turístico para as comunidades locais:

  1. Criação de novos postos de trabalho e de negócios;
  2. Novos mercados para os produtos locais;
  3. melhoria da infraestrutura, instalações e serviços da comunidade;
  4. Novos conhecimentos e tecnologias;
  5. Maior consciência e proteção do ambiente e cultura locais; e
  6. aperfeiçoamento dos padrões de utilização;

A comunidade a nível local tem de desenvolver os potenciais benefícios dentro do contexto do turismo regional, nacional e no caso de Mato Grosso do Sul até, internacional.

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Portanto dentro do Plano Regional de Turismo as políticas, planos e programas desenvolvidos devem se voltar também com um foco no turismo internacional. Além de gerar a entrada de divisas estrangeiras traz outros benefícios.

Evidentemente que as decisões tomadas por companhias e associações relacionadas com o turismo internacional também podem afetar as comunidades locais.

Por isso ganha evidência o conceito de sustentabilidade e se torna largamente aceito como uma vertente essencial de qualquer tipo de desenvolvimento, incluindo o turismo.

Desenvolvimento Sustentável significa desenvolvimento sem degradação e destruição dos recursos que o tornam. Consiste na conservação dos recursos para que tanto as gerações presentes como as futuras possam deles desfrutar. O desenvolvimento sustentável está baseado na sustentabilidade ecológica sociocultural e econômica.

Assim sendo turismo deve ser ambientalmente sustentável antes de o ser economicamente.

Todas as cidades, distritos e municípios são formados por terra, água, ar, edifícios- por vezes atraentes, limpos e frescos, outras vezes não – vida animal e vegetal e, também, seres humanos.

Há muitas gerações, os responsáveis das comunidades utilizam estes recursos (por vezes sabiamente) assegurando fornecimento adequado ano após ano mas, muitas vezes utilizando ou desperdiçando demasiados destes recursos. Por vezes, foi provocada a diminuição da degradação e, até o desaparecimento dos recursos. Nos nossos dias, as pessoas perguntam: Como podemos garantir uma alimentação apropriada, habitação e empregos se a base de recursos naturais está se deteriorando ?

O turismo pode ser uma das respostas se for ambientalmente correto e for apoiado nas conservação das bases naturais e culturais e não na corrupção deste capital de recursos.

Portanto devemos nos atentar para a capacidade de absorção ecológica que consiste no número de visitas acima do qual seriam sofridos impactos ecológicos inaceitáveis, em função tanto dos turistas quanto dos cuidados necessários. A capacidade de absorção social consiste no nível acima do qual a satisfação do visitante baixa inaceitavelmente devido ao número excessivo de pessoas presentes no local.

A capacidade de absorção social do anfitrião consiste no nível acima do qual a mudança será nociva ao equilíbrio social.(Policies for maximizing Nature – Tourims Ecological and Economic Benfits. Kreg Lindberg, World Ressources Institute).

Assim sendo, o turismo local deve ter como missão central o turista – e também na qualidade da indústria turística que vai se formando. Para que o Turismo constitua de fato uma estratégia econômica benéfica, tem de ser também dedicado à melhoria da qualidade de vida daqueles que vivem e trabalham na comunidade e à proteção do ambiente. Concluindo, o turismo tem de ser ambientalmente sustentável – tanto a nível natural como cultural – para ser economicamente viável. E pode ser.

(*) Lairson Palermo é advogado, empresário e consultor em políticas públicas na CDS – Consultoria de Desenvolvimento Sustentável Ltda.

 

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