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25 de abril de 2024 - 05:53

Turismo no Pantanal

                                                                                                                                                           Lusiane Fredrich Zaninetti 

Quem visita pela primeira vez o Pantanal, vendo-o do alto, descobre que no coração do nosso continente sulamericano existe um mar de verdes vívidos e azuis reluzentes. Nessa hora, pude, por diversas vezes, constatar que o visitante, mesmo conhecendo quase o mundo todo, tem a sensação de estar se apropriando de uma de suas mais maravilhosas experiências fotográficas em termos de natureza, conhecer toda essa nossa aquarela caprichosamente pintada a mão pela natureza.

A mente dele associa então esta beleza a outras já conhecidas e ele fala das luzes, das cores, da riqueza natural, dos matizes pantaneiros…

Passada esta emoção, já no chão, ele sente então os aromas deste mar de aguás doces que formam este imenso delta fluvial, recobrindo o coração do continente. Nessa hora, a gente então percebe que o visitante, mesmo tendo andado por quase o mundo todo, tem a sensação de estar se laçando pela primeira vez na maravilhosa experiência que é desbravar um santuário ecológico desenhado, aquecido e perfumado somente pelas mãos da própria natureza.
A mente dele associa então esta beleza a outras já conhecidas e ele fala da imensidão, dos aromas, da imponência da paisagem e da exuberância da natureza local.

Adentrando o pantanal, o viajante descobre os protagonistas deste palco de flora sui generis, as centenas de aves raras e as dezenas de espécies de animais exóticos de colorido talvez ainda mais impressionante que o das nossas lagoas vistas do céu. Nessa hora, quase que achando graça, vejo que o visitante, mesmo tendo excursionado pelos principais safaris do planeta, tem a sensação de estar viajando por outro mundo, por outro tempo, no qual o criador caprichosamente construíra e guardara um zoológico sem habitáculos, reunindo nele o mais rico conjunto de animais que poderia coabitar um único bioma.

Sua mente associa então esta beleza a outras já conhecidas e ele fala que não fazia ideia, que já tinha adentrado em selvas pelo mundo, mas que não sabia que aqui era assim, tanto de tudo, tudo junto, tudo em volta, tudo tão perto da janela, das pousadas, da vida e das casas dos pantaneiros.

Aí chega o final da tarde e levamos nosso visitante para ver o entardecer às margens de uma das milhares de lagoas do Pantanal. Ele já o viu do alto, do chão, de dentro… Caminha então da estrada até beira da água, pensando o que mais há para conhecer. Nessa hora, a luz alaranjada do sol poente já tinge de dourado a vida do lugar. Neste momento, quase que dá para sentir a tristeza do visitante que acredita estar vivenciando naquele instante o final de sua experiência pantaneira.

Pouco minutos depois, no entanto, milhares de aves começam a surgir aos bandos nos céus do Pantanal, formando uma espécie de ballet aéreo. De todos os pontos do horizonte surgem revoadas de pássaros de dezenas de espécies diferentes que vão então se aninhando nas copas das árvores. E cada árvore se transforma numa flor diferente, cujas pétalas, na verdade, são pássaros tropicais, são dezenas de socozinhos, bandos de biguás, casais de araras, famílias de tuiuiús…

Nessa hora quase ninguém do grupo fala, todos contemplam o show do ocaso pantaneiro, até que o canto do aracuã então nos avisa de que está na hora de voltar para o refúgio e descansar.

Na volta, no olhar daquele visitante não se denota mais aquela mente curiosa que víamos no começo do dia, quando ainda por detrás do vidro do avião, apenas registrando quase que fotograficamente a beleza da paisagem. O que se percebe claramente agora, sim, em sua face já meio cansada, são seus olhos como que buscando na mente as lembranças do dia de pantaneiro, são seus pensamentos como que procurando em seu coração as sensações da jornada aqui vivida no nosso Pantanal.

(*) Lusiane Fredrich Zaninetti, cidadã sulmatogossense de coração, obreira do turismo do Pantanal, defensora do nosso bioma e apoiadora do desenvolvimento consevacionista da região.

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