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25 de abril de 2024 - 16:06

Três Lagoas quer salvar as araras canindé e as palmeiras

As araras canindé são animais frequentemente vistos em Três Lagoas, seja em regiões mais rurais, ou no centro da cidade e, pensando no bem estar delas e na preservação da espécie, a secretaria de Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA) de Três Lagoas procurou orientação do Instituto Arara Azul, de Campo Grande, para saber quais ações podem ser realizadas para manter um ambiente favorável para que esses pássaros tenham condições de se reproduzir e não entrarem em extinção.

Ameaçada de extinção, a arara canindé traz na plumária as cores da bandeira do Brasil e é uma das espécies mais comuns encontradas na região de Três Lagoas. A arara-canindé costuma fazer seus ninhos em buracos no tronco de palmeiras, onde põem seus ovos. Os filhotes permanecem no ninho até a décima terceira semana, período no qual são alimentados pelos pais que regurgitam o alimento em seus bicos.

O bico forte dessas aves costuma ser usado também para ingerir pedrinhas, que auxiliam na trituração de sementes de algumas das palmeiras que fazem parte da dieta dessas araras. É o caso do buriti, tucum, bocaiúva, carandá e acurí.

As araras-canindé são consideradas “predadoras” de algumas palmeiras, porque ao triturar suas sementes impede a dispersão destas plantas. Geralmente elas voam em pares ou grupos de três indivíduos. A mesma combinação é mantida quando estão em bando (de até 30 indivíduos). A ave é muito encontrada em cativeiro, onde chega a durar 60 anos.

Araras canindé são comuns em Três Lagoas

SOS arara azul

Durante a visita ao instituto, o secretário da pasta, Celso Yamaguti, falou com a diretora do Instituto Arara Azul, Elisa Mense, e descobriu que desde 1990 é realizado um trabalho com diversas espécies na região do Pantanal e na cidade de Campo Grande.

“Na época existiam, segundo os pesquisadores, cerca de dois mil exemplares da arara azul, ou seja, estavam quase em extinção e, hoje, após um extenso trabalho, são mais de seis mil”, comenta Celso.

Esse resultado extremamente positivo, segundo a pesquisadora Neiva Guedes, uma das principais responsáveis pelo projeto, se deve a um trabalho que é composto de uma série de ações e, uma delas, foi a colocação de 130 ninhos artificiais, dos quais 80 permaneceram ativos e, desses, 60 conseguiram criar um ambiente propício para que a espécie se reproduzisse.

“Inicialmente, o nosso intuito era procurar ajuda para que evitássemos que a espécie matasse as palmeiras da cidade para fazer ninho e, ao mesmo tempo, criar ações que permitissem a permanência e a reprodução do animal. Porém, descobrimos que, independente da colocação de ninhos artificiais, ainda assim há grande possibilidade de as araras procurarem a palmeira para se reproduzirem, pois isso é algo natural da espécie”, disse o secretário.

Celso reunido com técnicos do Instituto Arara Azul

Parceria

Por isso, em parceria com o Sindicado do Comércio Varejista (Sindivarejo), Associação Comercial e Industrial (ACI) e Associação dos Empregados do Comércio, a SEMEA estudará a realização de diversas ações no intuito de preservar a espécie.

“Fomos a Capital com uma ideia formada e, graças à orientação do Instituto, voltamos com outros olhos e, a parceria com os sindicatos e associações permitirá a realização dessas ações, haja vista que isso também é uma preocupação de todos”, comenta Celso.

Outro ponto levantado é que, com a preservação das espécies de araras em Três Lagoas é possível fomentar ainda mais o turismo local, por meio da observação de aves. Celso Yamaguti informou que vai discutir esta ideia com a diretoria de turismo da secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SEDECT).

Estudo

No entanto, antes da realização de qualquer ação, foi solicitada a presença dos pesquisadores do Instituto Arara Azul em Três Lagoas para analisar o ambiente e as arara que aqui habitam, no intuito de dar um norte sobre qual deve ser a atitude da Prefeitura. Além disso, esses especialistas trarão uma palestra sobre o assunto com foco de explicar como funcionam as ações que permitem a preservação das espécies de arara.

“Já que os ninhos artificiais não impedem a morte das palmeiras, a proposta é estudar a possibilidade de se plantar mais palmeiras na cidade ao longo dos anos, permitindo assim que as araras tenham mais opções de locais para construir seus ninhos e, até mesmo, utilizar o Viveiro Municipal de Mudas para produzir árvores frutíferas que servem de alimento para elas”, finalizou o secretário.

Silvio AndradeLugares ECO 

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