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29 de março de 2024 - 05:30

TOI ajuda milhares de crianças a eliminar quilos a mais e retomar qualidade de vida

Proporcionar qualidade de vida às crianças que por algum motivo estão com diagnóstico médico de sobrepeso, bem como oferecer um trabalho de redução da obesidade infantil e de conscientização familiar. Essas são as principais tarefas da Terapia de Obesidade Infantil (TOI) oferecida pelo Hospital Regional Rosa Pedrossian (HRMS). O TOI é um programa de referência estadual que desenvolve a reeducação dos hábitos do paciente, sejam alimentares, de atividades físicas e comportamentais, contra a obesidade.

Com equipe multiprofissional composta por pediatra, nutrólogo, nutricionista, psicólogo e professor de Educação Física, os atendimentos são realizados em grupo, por meio de palestras e atividades que mostram os riscos que a obesidade infantil pode causar. A educadora física, Sandra Marina Marsiglia Dualibi, trabalha no TOI há 13 anos e conta que a equipe já atendeu milhares de crianças.

Coordenador do Programa, o médico Sandro Trindade Benitez, a psicóloga Renata, a médica Lílian, e a educadora física, Sandra.

 

“Nosso trabalho aqui é muito gratificante. Nós recebemos muitos agradecimentos das famílias, já aparecemos no Fantástico duas vezes. Para participar do projeto é muito simples. As mães, pais ou responsáveis precisam ter um diagnóstico médico que a crianças está com sobrepeso, vir com esse encaminhamento ao ambulatório do HRMS, onde é aberto um prontuário do paciente e agendado o atendimento”, explica.

Para que o programa atinja o resultado esperado, toda a família participa da terapia. “Todo primeiro sábado de cada mês temos um grupo novo. São de 15 a 20 crianças. Na sessão vem a família toda: se tem um irmão, mesmo que seja magrinho, participa. É preciso que haja o envolvimento de todos. Não adianta a família pedir uma pizza e falar para criança que ela não vai comer. Tem que haver uma proposta séria de reeducação alimentar da família toda. Tem casos que a mãe e o pai acabam emagrecendo junto e até mais que a criança”, conta Sandra.

Educadora física, Sandra Marina, trabalha há 13 anos no TOI.

A educadora física explica que além de todo o trabalho médico é realizada uma avaliação da realidade da criança e seus hábitos em relação às atividades físicas. “Avaliamos o dia a dia e com base na rotina fazemos uma recomendação de atividade física, um planejamento. Hoje é diferente da minha época, por exemplo, que a gente brincava na rua. As crianças da atualidade não têm isso, ainda mais com a violência. Então, tem que ir para uma atividade física na escola ou em um projeto, academia, aula de vôlei, ginástica, judô. As recomendações são sempre de acordo com as preferências das crianças para que elas se sintam motivadas. E o principal que reforço é as famílias irem para o parque com as crianças, passear, andar a pé, sempre fazer caminhada que é o mais em conta e não precisa de um lugar específico”.

Obesidade infantil é caso sério

A obesidade infantil ocorre quando uma criança está acima do peso normal para sua idade e altura. A questão é tão séria que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a obesidade infantil um dos desafios mais graves de saúde pública do século 21. Dados da OMS, que em 2013 havia em todo o mundo mais de 42 milhões de crianças com excesso de peso antes dos primeiros cinco anos de idade.

No Brasil, a realidade também é preocupante. Ao comparar os dados brasileiros com a evolução do peso por idade estimada pela OMS, os pesquisadores descobriram que as crianças brasileiras estão acima da média. Conforme o IBGE, uma em cada três crianças brasileiras está pesando mais do que deveria. O levantamento mais recente da Pesquisa de Orçamentos Familiares aponta que 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas entre 5 e 9 anos estão com obesidade. Em ralação ao sobrepeso, os números saltam para 34,8% de garotos e 32% de garotas. Além disso, 21,7% dos adolescentes são apontados com sobrepeso.

Ansiedade é um dos principais gatilhos

Crianças com sobrepeso ou obesidade estão mais propensas a serem obesas na vida adulta e desenvolver precocemente doenças crônicas como diabetes e doenças cardiovasculares. As consequências para a saúde mais significativas a longo prazo são muitas e vão além das doenças cardíacas, passando por hipertensão, acidente vascular cerebral, distúrbios músculo-esqueléticos (especialmente a osteoartrite), apneia do sono e alguns tipos de câncer.

A psicóloga Renata Evarini pontua que a cura da ansiedade é um dos principais pontos no tratamento da obesidade infantil.

Associado a esses problemas, há ainda questões sociais e psicológicas, como depressão, ansiedade, compulsão alimentar e baixa autoestima. De acordo com a psicóloga do TOI, Renata Evarini, na terapia o trabalho desenvolvido é em grupo e feito com orientação aos pais e crianças.

“Quando a gente identifica alguém que precisa de um acompanhamento mais individualizado, encaminhamos para o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) ou Centro de Especialidades Médicas (CEM), uma vez que o HRMS não oferece o ambulatório de Psicologia. Mas em geral nós notamos que o perfil da obesidade infantil está relacionado a uma ansiedade muito grande e, principalmente, à dificuldade de lidar com ela. A ansiedade é normal, mas os graus em que ela se manifesta é que vão dificultando e atrapalhando, seja na escola, em casa. Aí é onde temos que intervir, algumas vezes junto com a pediatria, por meio de medicação, mas na maioria dos casos conseguimos resolver com técnicas de como lidar com essa ansiedade”, explica Renata.

Conforme a psicóloga, um dos pontos chaves no combate a ansiedade é a rotina. “Ela é indispensável. Hoje em dia vejo que as crianças ficam muito no ócio, em frente ao computador, TV ou videogame. Tem muita passividade no comportamento dessas crianças e dos pais também, porque muitos dizem para nós que tem preguiça de fazer alguma coisa. Então, o primeiro passo é em relação à rotina. Não tão rígida, mas que pelo menos tenha horários, se combine o tempo que vai ficar no computador, na TV, que procure projetos gratuitos de atividades físicas. No começo a ansiedade tende a aumentar e a gente associa a dependência do cigarro, do álcool. Nós preparamos a família para esse período de abstinência que vão enfrentar no sentido de aumento maior ainda dessa ansiedade”, conta.

Renata Evarini pontua que muitas vezes a criança acaba de almoçar e vai para a geladeira, por exemplo. Ai é a hora de parar e pensar. “Nessas horas tem que se perguntar: será que é fome mesmo? Porque acabou de almoçar. Então, perceber que se for ansiedade é preciso resolver de outras formas. Brigou com o colega, tem que resolver com ele. Se o problema é com os pais, iniciar o diálogo e buscar uma solução. Não adianta descontar na comida, tem que resolver o problema que está causando essa ansiedade e não usar a comida como solução. Trabalhamos formas de resolver. Outros fatores que geram ansiedade na criança estão ligados à separação dos pais, mudança de cidade, de escola, perda de alguém da família ou bichinho de estimação, até problemas mais particulares como aprendizagem na escola, crianças com hiperatividade. Nós trabalhamos sempre em conjunto com as especialidades para poder oferecer mais qualidade de vida as crianças e também as famílias delas”, afirma.

Diana Gaúna – Subsecretaria de Comunicação (Subcom)

Fotos: Arquivo.

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