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FM 104,7 [ AO VIVO ]

19 de março de 2024 - 06:47

Tecdicas e Papo Reto discutem os 50 anos da internet na Educativa 104.7 FM

Matheus Neivock, Celito Espíndola e Maristela Cantadori bateram um papo no Bom Dia Campo Grande sobre o surgimento da rede mundial de computadores e seu papel atual na sociedade

A internet completou 50 anos no último dia 29 de outubro, consolidando-se como uma via onipresente usada por grande parte da população mundial para atividades profissionais ou do cotidiano e lazer. Para falar sobre a data, o Bom Dia Campo Grande desta sexta-feira (1º) recebeu Matheus Neivock, do Tecdicas, e Celito Espíndola, do Papo Reto, para, com a apresentadora Maristela Cantadori, abordarem do surgimento ao papel atual e possível evolução da internet.

Celito, Maristela e Neivock abordaram os 50 anos da internet no "combo" do Tecdicas com o Papo Reto desta sexta-feira. (Foto: Humberto Marques)
Celito, Maristela e Neivock abordaram os 50 anos da internet no “combo” do Tecdicas com o Papo Reto desta sexta-feira. (Foto: Humberto Marques)

“A internet surgiu derivada daquela Guerra Fria que envolvia Estados Unidos e União Soviética, que incluiu a primeira viagem à Lua, o primeiro satélite em órbita. Foi nesse contexto que ela surgiu, em 1969, com a primeira transmissão de dados entre a Universidade da Califórnia e o Instituto de Pesquisas de Stanford. Deu certo com as duas primeiras letras: ‘login’ saiu ‘lo’ e a conexão caiu. Levaram três dias para entender o porquê e começaram a trabalhar”, contou Matheus na Educativa 104.7 FM.

A ideia, prosseguiu o especialista, era boa: utilizar a capacidade ociosa dos supercomputadores gigantes (com tamanho de uma sala) que as universidades começaram a instalar e eram “estupidamente caros” por usuários à distância, para que os pesquisadores se valessem da capacidade de processamento. “Seria bacana para o governo investir em outras coisas e nós os ocuparíamos melhor”.

A impressão é que, naquele momento, nem a mente mais criativa poderia imaginar a revolução que a internet representaria na vida das pessoas. A reportagem da Educativa 104.7 FM trouxe entrevistas, durante o programa, de pessoas relatando suas experiências com a internet, com idades de 75 anos –que ainda se lembra da antiga conexão via modem– àquelas mais novas, que se valem das facilidades online para pagamento de contas e outros serviços, e crianças, que encontraram ali atividades de diversão e educação, inclusive sem se valer de teclados.

“Comecei a brincar com a internet entre 1995 e 1996 e, no comecinho, não tinha muitas funcionalidades no Brasil. Tínhamos o IRC, uma rede social pela qual conversávamos com o pessoal do colégio e colegas, o buscador nacional Cadê. Nessa época tínhamos mil sites, mil possibilidades de consulta no país. É como comparar com uma biblioteca com mil livros”, pontuou Neivock, que é professor de Empreendedorismo e Inovação do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul e colaborador do Bom Dia Campo Grande.

Segurança de dados

Junto com o avanço, vieram também os perigos da conexão mundial de computadores, que exigem até hoje um trabalho amplo visando a segurança de dados. Afinal, a internet também mudou as relações de consumo, permitindo pesquisas de preço e operações de pagamento. Nada disso, porém, vem de graça: os anúncios, por exemplo, tornaram-se onipresentes após uma simples busca. E não foi por acaso.

“Em 2016 houve um primeiro grande novo marco interessante na internet: as compras online superaram as físicas, mostrando que os grandes centros de venda inseridos no mercado já estavam inseridos ali”, destacou o especialista, alertando que, muitas vezes, as empresas autorizam também a “comercialização” de dados que clientes ali inseriram.

Outro ponto envolve as políticas dos próprios serviços mais usados na internet que, recentemente, passaram a aplicar regras mais rígidas quanto ao seu uso.

“O pessoal está tomando consciência de sua limitação e das ferramentas disponíveis no mercado. Vemos um usuário amadurecendo. A internet é relativamente nova, se avaliar, tem uma ou duas gerações antes de começarem a usar. Meus filhos nasceram quando a internet já era uma realidade, não era barata, mas não era proibitiva. E hoje faz parte do cotidiano. Há preocupações sobre as regras para usar a plataforma A ou B, mas não para eles, que já sabem o limite”, disse Neivock, ilustrando que a assimilação dessas normas é mais comum para as novas gerações.

Ele salientou, porém, que esses limites podem mudar por questões comerciais. “Um marco civil da internet é importante por isso, para ter uma regulamentação que verse sobre e que como passar do tempo é revista”, destacou. Celito lembrou, porém, que a velocidade do avanço das tecnologias é maior que a da máquina pública –como exemplo, citou a abertura econômica dos anos 1990 que, se de um lado permitiu o acesso a tecnologias desenvolvidas no exterior, em outro limitou o avanço do país em desenvolver suas próprias soluções.

“Mas se não houvesse essa abertura comercial, nunca teríamos os importados. E temos tecnologias para fabricar eles. Muitos relatam que a privatização dos serviços telefônicos foi importante. A Embratel era a única detentora até então. Sem a privatização, será que teríamos o avanço que temos hoje? É algo para se avaliar, se positivo ou negativo”, ponderou.

Futuro

Dos desktops e conexões fixas, a internet se popularizou pelas redes de celular. Hoje, a expectativa é pela chegada do 5G, uma conexão tratada como ultrarrápida mas que, no país, teve seu leilão adiado para 2021 ante um cenário de disputa entre as gigantes tecnológicas.

Neivock explicou no Bom Dia Campo Grande como funciona o fluxo de dados na internet. “Basicamente, nossa tecnologia transita em pacotes de dados, com endereço e remetente. Como 5G, você coloca um pacotinho desses em um trem-bala. Acelera demais a transmissão de dados e leva em uma mesma banda vários pacotes”, simplificou.

O especialista avalia, ainda, que a nova tecnologia deve ser barateada. “Acredito que comprar pacotes de dados, como 8 gigas, 12 gigas, vai mudar. Algumas operadoras, para alguns serviços, já tiraram esse limite para estimular mais o uso. O 5G vem para baratear e aumentar a velocidade. Uma pessoa que fica dez horas, direta ou indiretamente, conectada, tende a ficar muito mais. E isso traz outras implicações”, destacou Neivock, ao lembrar que, hoje, a interação virtual entre as pessoas é mais difundida que o contato real, justamente pelas facilidades da internet.

Neivock (à direita) detalhou origem da internet e impacto da tecnologia na vida da sociedade. (Foto: Humberto Marques)
Neivock (à direita) detalhou origem da internet e impacto da tecnologia na vida da sociedade. (Foto: Humberto Marques)

“Hoje se conhece a pessoa primeiro na rede social e, depois, marca o encontro público para a primeira interação física. A interação virtual está mais arraigada que o chopinho no bar”.

Celito lembrou, também, que o debate sobre a evolução da internet e de seu uso passa por questões éticas, já que a popularização ocorreu em meio à falta de limites de internautas escondidos no anonimato ou nessa falta de interação física.

“Hoje há uma grande barreira, a armadura do anonimato. Muitos que se expõem e falam coisas desagradáveis, mas não se expõem. Pode-se colocar a opinião que quiser, ficou simples falar mal ou elogiar alguém”, destacou Neivock, revelando ser uma das preocupações trabalhadas com seus alunos. Isso porque nem sempre os jovens conseguem entender os limites sem haver uma tutoria. “O usuário fica por conta, e a maturidade que vão construindo ao longo do tempo é preocupante”.

A presença da internet também nas relações políticas foi outro ponto discutido durante o Bom Dia Campo Grande. Neivock lembrou que a ferramenta agilizou a disseminação de opiniões de forma desconectada da mídia tradicional. “Hoje, se um candidato A ou B quer acessar seus eleitores, puxa o celular, coloca na frente do rosto e fala, com custo praticamente zero e acesso a todo o eleitorado. E o inverso é o mesmo: o eleitor cobra o candidato por meio de e-mails e vídeos que viralizam”.

Por fim, o Papo Reto terminou com previsões sobre o que vem por aí na internet nos próximos dez ou 15 anos: aposentadoria dos teclados com sua substituição por tecnologias de voz, uma internet ainda mais rápida e que terá o acesso barateado ou mesmo franqueado por empresas e organizações que se beneficiariam das conexões estão entre as apostas. “A internet será um mero meio, como uma rua”, avalia Neivock.

O Tecdicas é um dos quadros do Bom Dia Campo Grande que trazem informações relefantes sobre temas diversos –como Direito do Consumidor (às segundas-feiras), Direito Trabalhista e Previdenciário (terças), Saúde (quartas), Mercado de Trabalho e Empreendedorismo (quintas) e Tecnologia (sextas). Os ouvintes podem enviar suas dúvidas e sugestões de assunto para serem respondidos pelos especialistas parceiros da Educativa 104.7 FM pelo WhatsApp (67) 99333-1047 ou pelo e-mail reporter104fm@gmail.com.

Sintonize – Com produção de Daniela Benante, Eliane Costa e Alisson Ishy, reportagens de Daniela Nahas, Zilda Vieira, Katiuscia Fernandes, Bernardo Quartin e Gildo Pereira, apresentação de Maristela Cantadori e Anderson Barão, coordenação e edição de Rose Rodrigues e apoio técnico de Roberto Torminn e do DJ juju, o Bom Dia Campo Grande permite a você começar o seu dia sempre bem informado, por meio de um noticiário completo, blocos temáticos e entrevistas sobre assuntos variados.

O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30, na Educativa 104.7 FM e pelo Portal da Educativa.  Os ouvintes podem participar enviando perguntas, sugestões e comentários pelo WhatsApp (67) 99333-1047 ou pelo e-mail reporter104fm@gmail.com.

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