Especialista explica no Bom Dia Campo Grande funcionamento de sistema que é usado para geração de energia em residências a partir da luz solar
Cada vez mais barata, a produção de energia fotovoltaica –a “energia solar”– começa a se popularizar em lares de todo o Brasil. O Tecdicas do Bom Dia Campo Grande desta sexta-feira (27) bateu um papo com Matheus Piazzalonga Neivock, diretor de Empreendedorismo e Inovação do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), que falou um pouco sobre o avanço dessa tecnologia e deu algumas informações para quem deseja apostar em uma energia considerada limpa.
Em primeiro lugar, Neivock explicou na Educativa 104.7 FM que nem todos os painéis sobre residências são geradores de eletricidade. “Essas placas podem ser duas coisas: um aquecedor solar, que usa a energia do sol para aquecer a água, que será armazenada em um boiler para a pessoa usar no banho, para lavar louça e outras aplicações; e o painel fotovoltaico, que é uma tecnologia que converte a luz do sol em energia elétrica”, disse.
O especialista afirma que a tecnologia de aproveitamento do sol para gerar energia foi descoberta há 180 anos, aproximadamente. “Mas ela tinha um custo elevada, precisando, para ser popularizada, de uma versão que coubesse no bolso. E nos últimos 20 anos o custo do sistema caiu drasticamente”, afirmou o professor.
Ainda segundo Neivock, em termos de orçamento, pessoas que têm um gasto entre R$ 150 e R$ 200 por mês com suas faturas de energia elétrica, hoje, podem com o valor bancar um sistema de geração de energia pelo sol, “e ela consegue, dependendo da quantidade de parcelas, financiar e pagar com esse valor o custo da energia”.
“A pessoa produz eletricidade e deixa de comprar da concessionária porque produz a sua própria energia”, disse, apontando não haver diferença entre a energia fornecida pelas distribuidoras e a gerada pelos painéis. O professor alertou, porém, que não se trata de uma tecnologia simples, na qual qualquer pessoa pode comprar o aparelho e efetuar a instalação.
“Há empresas reconhecidas no mercado e, sem dúvida, é preciso um engenheiro eletricista para fazer as anotações e assumir a responsabilidade técnica no sistema, apresentando um projeto adequado para a realidade da casa. Ninguém deve se aventurar, pedir pela internet um sistema e instalar. Devemos lembrar que está se mexendo com energia elétrica, algo perigo, então é preciso um profissional capacitado”, disse Neivock.
Além da aquisição e instalação, o projeto de geração deve ser homologado junto à empresa distribuidora de energia, para ser chancelado. Isso inclui a troca do relógio medidor de energia: o sistema normalmente usado é unidirecional, isto é, registra a energia que deixa a fiação rumo à residência, e deve ser substituído pelo bidirecional, que também aufere quanto a residência produz e quanto deve ser abatido na fatura da residência.
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