A indústria da construção civil de Campo Grande está reagindo positivamente e recomeça a contratar funcionários que estavam demitidos do mercado formal. A informação é do Sintracom/CG (Sind. dos Trab. Nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande).
“Nunca perdemos o otimismo, mas a situação atual está muito favorável a um crescimento cada vez maior de nosso setor”, afirma José Abelha Neto, presidente do sindicato.
A entidade ainda não tem precisão do número de funcionários que estão sendo reconduzido a seus postos de trabalho, mas tem sentido, principalmente nas últimas semanas, um volume maior de contratações e não só na construção civil como também nos setores de mármore, gesso e até da construção pesada.
A mudança de governo, de Dilma para Michel Temer, segundo Abelha Neto, ainda não provocou nenhuma reação no mercado. O sindicalista espera que investidores que estavam inseguros passem a investir agora para fomentar a economia do país, principalmente por intermédio da construção civil.
Embora não tenha como precisar com números, pesquisas, o Sintracom/CG informa também que já obteve conhecimento de que o comércio de materiais de construção tem recebido maior movimentação também nessas últimas semanas, o que comprova a informação de Abelha Neto, de que o mercado está aquecendo.
INFORMALIDADE – O líder sindical explicou que muitos empregados formais perderam seus empregos junto a empresas e partiram para a informalidade. “Ou seja, apesar de que muitos terem ficado desempregados, a maioria conseguiu ingressar no mercado informal. Por isso temos um grande número de pequenas obras na cidade e isso garante a renda familiar de milhares de trabalhadores”, afirma o sindicalista.
O Residencial Flamingos, em frente ao Memorial do Papa é um exemplo de informalidade. Os moradores aprovaram em assembleia geral, a troca de portas, janelas e sacadas, por blindex e isso proporcionou uma corrida de profissionais para a execução desses serviços. São mais de 700 apartamentos e grande parte deles está em obras, como se a crise econômica não afetasse tanto a maioria dos moradores.
Abelha Neto espera que o país volte a crescer, gerar emprego e renda para os desempregados de outros setores. Com isso, a construção civil voltará a seu apogeu, remunerando muito melhor os trabalhadores.