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19 de abril de 2024 - 23:27

Semana Nacional de Mobilização para Doação de Medula Óssea: um simples ato para uma vida toda

Na Semana Nacional de Mobilização para Doação de Medula Óssea, relato de paciente, com direito a final feliz, revela a importância de ser um doador. Além disso, a conscientização também se mostra fundamental para que sejam derrubados mitos sobre dificuldades do processo que pode salvar vidas.

Alcindo teve a sorte de ter dois irmãos compatíveis; José (de camiseta azul) foi que doou

Em Mato Grosso do Sul, além de levar sangue a pacientes hospitalizados em todo o Estado, o Hemosul também salva vidas através da coleta de medula óssea para transplante de pacientes com as mais diversas patologias relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico. São mais de 80 patologias que podem se beneficiar do transplante.

Diagnosticado com Leucemia em novembro de 2015, o jornalista Alcindo Rocha foi um dos pacientes que precisou e recebeu o transplante. “A maioria das pessoas não tem ideia da importância da doação de sangue e de medula óssea, principalmente para alguém com diagnóstico de câncer”, revela.

Desde o início do longo processo até o transplante, Alcindo pode contar com as doações do Hemosul. Durante as internações no Hospital Regional para quimioterapia, que é a primeira fase do tratamento, ele recebeu sangue e plaquetas que são essenciais para ajudar na coagulação do sangue.

A sorte de ter irmão como doador

Enquanto o jornalista realizava o duro tratamento quimioterápico, os amigos faziam campanhas em busca de um doador de medula óssea. Mas nem foi preciso buscar longe dali. O paciente teve uma grata surpresa de descobrir não apenas um, mas dois irmãos compatíveis e um deles, o José Roberto, pode fazer a doação de medula óssea.

Mas é bom saber que para quem não tem a sorte de ter familiares compatíveis e dispostos a doação, existe a REDOME, uma rede internacional de coleta de medula que atende pacientes do mundo inteiro. O doador só precisa se cadastrar no site ou no próprio Hemosul, parceiro importante da instituição federal.

Doação é rápida e sem complicações
Quando teve alta hospitalar da primeira internação do tratamento. Por volta de abril/2015

Alcindo explica que a informação é muito importante para quem pensa em doar. Segundo ele, durante o processo de busca pelo doador, muitas pessoas lhe perguntavam se leucemia é contagiosa e se a recuperação do doador de medula era difícil. E foi a experiência que lhe ensinou justamente o contrário. “A recuperação do doador é muito rápida e o risco do transplante é ínfimo” afirma.

O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas

A cirurgia de Alcindo e a coleta do doador foram feitas no interior de São Paulo, na cidade de Jaú. No Brasil existem 70 centros para transplantes de medula óssea. Destes, 30 realizam transplantes com doadores não aparentados e estão distribuídos por 8 estados brasileiros e no Distrito Federal.

Importância de diagnosticar o mais cedo possível

Depois de cinco anos de tratamento e após vencer a rejeição de fígado, um dos efeitos colaterais que pode acontecer quando se recebe o transplante, Rocha está praticamente curado. Os médicos, segundo ele, evitam falar em cura completa. “Posso dizer que a recidiva é quase zero, mas os cuidados precisam ser tomados por toda a vida”, explica.

No caso do jornalista, o fator hereditário pode ter colaborado para o aparecimento do câncer. Outras duas pessoas também tiveram a mesma doença. “Perdi uma prima na década de 1985 e uma tia que morreu no decorrer do tratamento”, lamenta. Segundo ele, em ambos os casos um dos fatores foi o atraso no diagnóstico que contribuiu para o agravamento e consequente óbitos.

Aos 39 anos de idade, Alcindo é uma pessoa saudável que trabalha no que gosta (agora em home office), tem sonhos, muitos amigos e sobretudo alegria de viver. Por tudo isto, pela segunda chance que a vida lhe deu, ele é um dos maiores entusiastas da doação de medula óssea. Afinal, ela salvou a sua vida e a de tantos outros pacientes mundo afora.

Entendendo o que é a Medula óssea

A medula óssea é um líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecido popularmente por “tutano”. Ela desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das células sanguíneas, pois é lá que são produzidos os leucócitos (glóbulos brancos), as hemácias (glóbulos vermelhos), e as plaquetas.

Os leucócitos são os agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo, nos defendem das infecções. Pelas hemácias, o oxigênio é transportado dos pulmões para as células de todo nosso organismo e o gás carbônico é levado destas para os pulmões, a fim de ser expirado. As plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue.

Saiba como e onde doar

Para quem está disposto a salvar vidas e fazer a doação de medula óssea, é preciso apenas ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde, principalmente não pode ter doenças relacionadas ao sangue, como Hepatite e HIV. O candidato a doador deverá procurar a unidade do Hemosul para esclarecer dúvidas a respeito da doação.

Em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue (10ml) para a tipagem de HLA (exame de histocompatibilidade que identifica as características genéticas de cada indivíduo).

Os dados do doador são inseridos no cadastro do REDOME e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação. Mesmo as unidades que não coletam sangue estão aptas para coletar medula óssea.

Diga sim para salvar uma vida

De acordo com as orientações do Hemosul, é fundamental que o doador se cadastre de forma consciente, para que na hora que ele for chamado a doação a sua resposta seja “SIM”. Porque um “não”, ou seja, a negativa no momento da doação, pode significar o atestado de óbito de um paciente. Significa acabar com as esperanças de quem só tem uma saída. E isto, infelizmente acontece muito, logo depois da negativa.

Theresa Hilcar, Subcom

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