“Isso é importante quando estamos procurando aumentar a industrialização, focando na expansão da suinocultura, da avicultura, na implantação de fábricas de DDG (Dried Distillers Grains, ou seja, grãos secos de destilaria). Mato Grosso do Sul se tornou referência como grande produtor de milho e passa a atrair investimentos para agregar valor a esse produto”, analisou o secretário da Semagro, Jaime Verruck.
O bom desempenho das lavouras resulta da combinação de fatores: semeadura dentro da janela adequada e condições climáticas ideais para o desenvolvimento da lavoura. A ocorrência de geadas em julho não chegou a afetar significativamente porque a cultura já estava em fase de maturação. Provocou apenas danos isolados e específicos, cita o boletim do SIGA/MS. “O produtor usou tecnologia e nem a geada no fim do ciclo causou danos graves”, disse Verruck.
Com a alta do dólar – que se mantém há dias acima de R$ 4 –, os impactos da febre suína asiática e desentendimentos comerciais entre os Estados Unidos e a China sustentam o preço da commodity elevado. Portanto, a tendência é de continuar crescendo a área do milho no Estado, o que pode levar a outra safra recorde no ano que vem, como preveem os técnicos do Projeto SIGA/MS.
O secretário cita, ainda, a flexibilização da paridade para exportação adotada pelo governo do Estado como “medida fundamental” para sustentar o preço do milho no mercado interno, favorecendo o produtor. “Além disso, o governo está atuando firme na manutenção das estradas e pontes para que essa safra seja escoada”, completou.
João Prestes – Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro)
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