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9 de dezembro de 2024 - 08:44

Representantes da Unesco e MMA vêm a MS falar sobre Reserva da Biosfera Pantanal

Mato Grosso do Sul tem a oportunidade de entender com clareza como se dá o processo de transformação do Pantanal em Reserva da Biosfera, quais as vantagens que o título traz, sobretudo aos pantaneiros, e como é gerido o novo organismo. O Seminário Conhecendo a Reserva da Biosfera acontece na segunda-feira (26.2), no auditório Shirley Palmeira do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). É uma realização conjunta do Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) e da ONG WWF Brasil.

O secretário-adjunto da pasta, Ricardo Senna (que preside o Comitê Estadual da Reserva da Biosfera Pantanal), explica que a decisão de realizar o Seminário foi tomada na reunião do Comitê ocorrida dia 31 de outubro. “Os membros do Comitê entenderam que é preciso sanar dúvidas e detalhar com clareza quais as atribuições, o que pode e o que não pode ser feito, quais as vantagens, enfim, tudo o que envolve a declaração do Pantanal como Reserva da Biosfera, para depois avançarmos na elaboração das regras de funcionamento do colegiado.”

A reafirmação do bioma pantaneiro como Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) ocorreu no dia 23 de novembro do ano passado e abre possibilidades de desenvolver ações para melhorar a qualidade de vida da população local e implementar atividades sustentáveis. “Na prática, o título reconhece a importância do bioma, atesta a eficácia das ações de preservação e reconhece que as atividades econômicas presentes são ambientalmente sustentáveis”, enfatiza.

A Reserva da Biosfera Pantanal estende-se por uma área de 251.569 quilômetros quadrados, sendo 95% de propriedades privadas (sobretudo fazendas de pecuária extensiva). Abriga ainda terras aldeias indígenas com área de 600 mil hectares e uma riquíssima biodiversidade: 3.500 espécies de plantas, 124 espécies de mamíferos, quase 200 espécies de répteis, 464 de aves, 325 de peixes e 1.132 de borboletas. É gerida por um Comitê Estadual formado por 25 pessoas, sendo nove representantes da sociedade civil, oito do Governo e oito do setor econômico; sua função é coordenar, aprovar as diretrizes e normas, enfim, gerir a Reserva com base nos marcos regulatórios vigentes.

Outros biomas nacionais, como Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, já foram reconhecidos pela Unesco como Reservas da Biosfera, constituindo-se modelos adotados internacionalmente de gestão integrada, participativa e sustentável dos recursos naturais existentes.

O Seminário Conhecendo a Reserva da Biosfera Pantanal acontece na manhã do dia 26 de fevereiro, com abertura prevista para às 8h, no auditório Shirley Palmeira do Imasul, localizado na avenida Desembargador Leão Neto do Carmo, Parque dos Poderes, Campo Grande. O evento é gratuito e aberto ao público em geral e não é necessário fazer inscrição prévia.

Após a abertura com o secretário-adjunto Ricardo Senna, o oficial da Unesco, Massimiliano Lombardo; o representante do Ministério do Meio Ambiente, André Luís Lima; e o presidente do Comitê da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, Clayton Lino; comandam a Mesa Redonda sob o tema ‘Histórico e Benefícios da Reserva da Biosfera’. Lino trará a experiência da gestão da Reserva da Mata Atlântica à realidade do Pantanal. O público terá espaço para perguntas e o evento está previsto terminar às 12h.

Texto e foto: João Prestes – Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro)

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