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13 de outubro de 2024 - 00:06

Rede Solidária: Hortas comunitárias vão melhorar alimentação e gerar renda

Construir uma horta que possa produzir verduras e legumes para o consumo de famílias de baixa renda, a fim de melhorar a qualidade da alimentação dessa população com redução de gastos e ocupar cidadãos desempregados que moram nos centros urbanos. É com essa proposta que a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) terá atuação dentro da Unidade Ruth Cardoso, do programa Rede Solidária. O espaço de plantio contempla um dos sete eixos de trabalho do projeto social que foi lançado, na manhã desta sexta-feira (13), no bairro Dom Antônio Barbosa.

Com 80 m² de área preparara para o cultivo, a horta tem como meta inicial atender 300 famílias do Dom Antônio Barbosa, favela Cidade de Deus e região que se encontram em situação de vulnerabilidade social. A expectativa é que um maior número de pessoas seja atendido à medida que o programa for se solidificando dentro das comunidades. “A princípio o local funcionará como um laboratório, ou seja, será um espaço utilizado para oficinas de manejo entre os moradores para que eles aprendam sobre técnicas de cultivo e possam assim montar hortas domésticas. Com essa mão-de-obra capacitada também queremos dar início a uma horta comunitária para venda de alimentos no comércio local”, explicou o interlocutor do programa Rede Solidária da Sedhast, Osvaldo Ramos Miranda.

Os canteiros já estão em fase de finalização, sendo necessário apenas a aplicação de húmus de minhocas para que o plantio das sementes seja feito. A aquisição dos kits de irrigação e de sementes, assim a assistência técnica e acompanhamento das lavouras são todos serviços feitos pela própria Agraer. A princípio haverá dois profissionais da Agência à frente do manejo da terra junto aos moradores, são eles: Jovelino Caetano, técnico agropecuário, e João Paulo Martins, técnico agrícola. “Aqui nossa função é construir o espaço e passar o nosso conhecimento as pessoas que forem participar das atividades, por isso ressaltamos a importância do trabalho coletivo, entre nós e a comunidade, para que a horta possa gerar o que se espera, alimentos de qualidade e geração de renda”, disse o servidor da Agraer, Jovelino Caetano.

Dentro dessa primeira fase de trabalho, oficinas de cultivo já estão sendo agendadas para que as pessoas estejam aptas a atuarem na horta. “Haverá oficinas de manejo e, futuramente, esse grupo será incentivado a montar um coletivo, um tipo de cooperativa que possa comercializar produtos de qualidade, funcionando como uma fonte de renda para os participantes”, afirmou o diretor-presidente da Agraer, Enelvo Felini.

Rúcula, salsa lisa, alface crespa, cebolinha, couve manteiga, vagem, beterraba, rabanete, abóbora xingo, abóbora moranga, abóbora kabotiã, quiabo, repolho, vagem e alface americana estão entre os primeiros alimentos escolhidos para o cultivo. A proposta é que a horta seja cultivada de forma orgânica, sem a adição de aditivos de inseticidas e fungicidas tradicionais.  A previsão é de o plantio seja iniciado a partir da próxima semana.

Rede Solidária

Nesta primeira etapa do programa serão atendidas média de 850 pessoas em 7 módulos que operam com 28 projetos. “Esse projeto só é possível graças as diversas parcerias realizadas tanto entre as secretarias do Estado como com o terceiro setor. Queremos aqui dar apoio as famílias com cursos profissionalizantes e acesso à cultura para que as mesmas tenham condições de um complemento na renda e novas oportunidades de trabalho”, disse a vice-governadora Rose Modesto.

A meta é atender tanto as pessoas que recebem o Vale Renda – um benefício para pessoas em situação de risco social (R$170 mensais) como as também as que não estão inseridas nesse programa social.  “Aqui instalamos um primeiro módulo do programa do Programa Rede Solidária, ou seja, é um embrião de tudo, um plano piloto voltado aos jovens, adolescentes, crianças e idosos para a criação de um programa duradouro que tem a pretensão de expandir com outras unidades pelo Estado”, observou o governador Reinaldo Azambuja.

Entre os módulos a serem trabalhados no Programa Rede Solidária estão: Educação, Cultura e Esporte; Esporte Cidadão; Escola da Família; Saúde e Prevenção; Segurança Cidadã; Voluntariado; Horta Orgânica e Trabalho e Renda. Até 2018, a meta é inaugurar mais unidades do Rede em Mato Grosso do Sul.

Segundo o Perfil Socioeconômico de Campo Grande – 2014, o Bairro Dom Antônio Barbosa tem a menor renda per capita da Capital, com R$ 332,65. Este é um dos indicadores a serem modificados pelo Rede Solidária, bem como outros indicadores sociais de outros governos.

Aline Lira – Agraer

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