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23 de abril de 2024 - 16:44

Queimadas diminuem, MS entra em Estado de Atenção contra incêndios e planeja ações para 2020

Reforços do DF começam a deixar o Estado após incêndios serem controlados na região pantaneira; governo inicia planejamento para evitar repetição de danos ambientais
Verruck (ao centro) se reuniu em Sala de Situação Integrada para discutir balanço de ações de enfrentamento a incêndios. (Foto: Humberto Marques)
Verruck (ao centro) se reuniu em Sala de Situação Integrada para discutir balanço de ações de enfrentamento a incêndios. (Foto: Humberto Marques)

A situação de emergência decretada em Mato Grosso do Sul por conta do grande número de incêndios florestais dará lugar a um estado de atenção, no qual regiões mais vulneráveis às queimadas continuarão a ser monitoradas. A informação partiu do secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, após reunião da Sala de Situação Integrada, composta pela Defesa Civil e outros órgãos que atuaram para conter queimadas que, até a segunda semana de setembro, destruíram 1,027 milhão de hectares de vegetação no Pantanal e na Serra da Bodoquena.

Com o quadro sendo considerado sob controle, o reforço de 34 bombeiros vindos do Distrito Federal para ajudar no combate aos incêndios em Mato Grosso do Sul, junto com uma aeronave preparada para apagar incêndios, começa a deixar o Estado neste sábado (28). Agora, conforme Verruck, a administração estadual dará início a estudos que visam a preparar as instituições estaduais para novas situações causadas pelo fogo, que incluem desde a instalação da brigada estadual do PrevFogo a estudos para aquisição ou, pelo menos, contratação de aeronaves para o combate às chamas no futuro.

O fim do quadro de emergência se deve tanto ao trabalho da força-tarefa de combate às queimadas como às melhores das condições climáticas: as chuvas que na quarta-feira (25) atingiram todo o Mato Grosso do Sul ajudaram a conter incêndios e focos de calor. E a tendência é de que, a partir de 2 de outubro, mais precipitações atinjam o Estado.

Planejamento

Verruck afirmou que tanto a melhora climática como o trabalho realizado com apoio da Secretaria Nacional de Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), produtores rurais e usinas de açúcar e álcool, sob coordenação da Sala de Situação, foram fundamentais para conter a tragédia ambiental.

“As medidas foram tomadas no tempo exato. Tivemos mais de um milhão de hectares atingidos, um prejuízo econômico e ambiental, mas conseguimos. Agora temos de pensar para a frente, no próximo ano. Vaso ativar o comitê do PrevFogo MS, coordenando atividades na Secretaria para tomarmos as medidas necessárias”, explicou o secretário. Segundo ele, não há mais focos de incêndio no Estado, e sim de calor, que serão monitorados nas próximas 72 horas.

“Amanhã começa a desmobilização do pessoal que veio do Distrito Federal. Percebemos que nos próximos dias teremos regularidades de chuva, não devendo ocorrer grandes incêndios”, sentenciou.

Ainda conforme Verruck, o episódio deixou claro que há deficiência quanto a equipamentos e estrutura de combate a incêndios, como aeronaves. A Semagro, agora, estudará meios para aquisição ou contratação de horas-voo para o próximo ano, de forma a garantir ações rápidas em casos de novos incêndios –além da aeronave cedida por Brasília, a Polícia Civil de São Paulo emprestou um helicóptero para atuar no enfrentamento ao fogo no Estado.

“A discussão a ser feita é se compensa a aquisição para uso parcial ou, como o próprio ICMBio (Instituto Chico Mendes para Biodiversidade) recomenda, comprarmos as horas de voo e as deixar preparadas para uso. Mas o projeto de Mato Grosso do Sul é ter uma base de combate a incêndios. Devemos pensar como fazer isso, que é fundamental para uma estrutura especializada de combate a incêndios”, destacou.

Financiamento

O secretário também informou que uma das ideias em análise é o uso das multas aplicadas pelas autoridades estaduais para serem revertidas em ações de combate a incêndios. A Polícia Militar Ambiental antecipou que foram mais de R$ 2 milhões em 14 autuações expedidas apenas por conta das queimadas, no entanto, cada ato será alvo de processo de verificação a fim de comprovar a culpa dos proprietários rurais multados.

“É preciso verificar a culpabilidade, que depende de análise da PMA e do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul)”, disse o secretário, segundo quem um incêndio provocado por terceiros na beira de uma rodovia que se alastrou por fazendas ou áreas de preservação não podem ser cobrados do proprietário rural que não o causou.

Perspectivas

Coordenador da Defesa Civil de Mato Grosso do Sul, o tenente-coronel BM Fábio Catarinelli afirma que a criação da Sala de Situação e as ações organizadas no enfrentamento à crise ambiental no Estado representam avanço considerável a Mato Grosso do Sul, diante do trabalho organizado. “Foi a primeira vez que houve decretação de situação de emergência por incêndios florestais abrangendo todo o bioma pantaneiro e seu entorno”, destacou.

“Com certeza, a experiência será usada no próximo ano para trabalharmos bem e com melhores condições de combater incêndios florestais”, destacou. “Os avanços no combate a incêndios florestais em 2019 serão transformados, em 2020, em políticas públicas para que estejamos monitorando, com mais antecedência, a situação, assim como disponibilizando o combate e mobilizando a população, sempre informando que há períodos nos quais não é possível atear fogo (em matas). Caso alguém veja isso, deve fazer denúncia aos órgãos de fiscalização”, complementou.

Segundo o coordenador, um novo levantamento está sendo finalizado junto ao Ibama para confirmar o total de áreas devastadas pelas chamas.

Prognóstico

Coordenadora do Cemtec-MS (Centro de Monitoramento do Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul), Franciane Rodrigues disse que as previsões do órgão se consolidaram, com a chegada de chuva em 25 de setembro, em volume médio acumulado de 10 milímetros, suficientes para ajudar no combate aos focos de calor.

“A chuva era esperada desde o início do mês, como grande mudança no clima para ajudar contra a estiagem”, disse a especialista. A precipitação atingiu a todas as regiões do Estado e ajudou a dissipar a névoa seca, elevando percentuais de umidade relativa do ar acima de 90%.

O Cemtec-MS prevê céu aberto e tempo seco até 2 de outubro, quando novas áreas de instabilidade devem voltar ao Estado, permanecendo até o dia 10. “Temos expectativa de chuva para todas as regiões novamente, com acumulados significativos de chuva na próxima semana”, pontuou Franciane.

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