Iluminados pelo famoso pôr do Sol de Corumbá e com o Rio Paraguai de cenário natural, o duo PúrPura se apresentou no fim da tarde deste domingo (13), no Palco do Sol, do Festival América do Sul Pantanal (Fasp).
O céu esbanjando cores exóticas, fez a vocalista Erika Espíndola lembrar o dia em que escolheram o nome do duo. “Era um dia como esse, vimos um roxo lindo no céu, mas roxo ia ser esquisito, então adaptamos para púrpura”, contou Erika.
Com um estilo suave, cativante e desprendido de rótulos, o duo formado por Erika no vocal e Júlio Queiroz na voz e guitarra solo, tocou acompanhado dos músicos Wesley Paz, no violão, José Fiuza, na bateria e Roberto Torminn, no contrabaixo.
Depois de destrinchar um repertório de músicas autorais do primeiro disco, “O Miolo Do Pão”, eles apresentaram a própria versão de “Blues da Solidão”, do falecido compositor Renato Fernandes, ex-vocalista da banda Bêbados Habilidosos. “Cantam e tocam demais. Essa versão deles de uma canção de um ícone do nosso blues é emocionante, de arrepiar, conheci aqui no show”, elogiou o músico André Stábile, de Campo Grande.
O som de PúrPura flutua! A sonoridade intimista preserva a beleza de apenas sentir sem precisar entender e definir.“Somos um duo sem amarras, a gente compõe e coloca elementos daquilo que achamos legal. Toda vez que alguém pergunta qual é o estilo, não sabemos. Pra definir tem que ouvir o som e cada um define da sua maneira”, explicou Erika Espíndola.
Convidado para tocar violão com o duo no Festival, o músico Wesley Paz conta que era fã desde o início do projeto. “Eu comprei o CD e escutava muito em casa, quando o Júlio me chamou pra tocar com eles foi uma grande surpresa. Fiquei muito à vontade no palco”, narrou Wesley.
Texto: Alexander Onça
Foto: Eduardo Medeiros