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Institucional

FM 104,7 [ AO VIVO ]

29 de março de 2024 - 07:08

Projeto na Capital discute a qualificação e o futuro das rádios em MS

Rádio Inteligente visa a preparar emissoras para o momento do veículo, que cresce em relevância; diretor-presidente da Fertel ressalta importância da modernização
Evento reuniu dezenas de diretores e responsáveis por rádios de Mato Grosso do Sul no Sebrae-MS nesta terça-feira. (Foto: Humberto Marques)
Evento reuniu dezenas de diretores e responsáveis por rádios de Mato Grosso do Sul no Sebrae-MS nesta terça-feira. (Foto: Humberto Marques)

Proprietários e diretores de emissoras de rádio de Mato Grosso do Sul deram mais um passo, nesta terça-feira (6), rumo à modernização e profissionalização do setor, com o lançamento do programa Rádio Inteligente.

A iniciativa partiu da AER-MS (Associação das Empresas de Radiodifusão de Mato Grosso do Sul), em parceria com o Sebrae-MS (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), cuja sede em Campo Grande abrigou o evento, visando a criação de novas oportunidades de negócio e a conscientização do novo momento do veículo, que cresce em alcance e credibilidade.

“Precisamos capacitar o empresário do rádio para novas práticas, tanto administrativas como em processos de gestão de finanças e marketing, bem como o setor de vendas e programação, porque as emissoras devem estar muito bem afinadas para prestar um serviço público ao ouvinte e dar uma resposta ao anunciante”, disse o presidente da AER-MS, Rosário Congro Neto.

Das mais de 120 empresas de radiodifusão do Estado, cerca de 40 participaram do evento, conforme o Sebrae-MS, a fim de participarem de palestras e workshops em áreas como vendas e plataformas digitais. Tito Estanqueiro, diretor de Operações do órgão, reforçou a importância do veículo graças a sua penetração nas diferentes camadas da sociedade.

“O rádio faz a diferença, por isso, quando nos procuraram questionando que alternativas tínhamos para sugerir, pusemos o Sebrae-MS à disposição”.

Momento

Cristiano Flores, diretor-executivo da Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão) e presente ao evento, destacou a importância da capacitação diante da “convergência tecnológica” proporcionada pela internet, que reduziu custos e melhorou serviços.

Bosco Martins, Cristiano Flores (Abert) e Rosário Congro Neto (AER-MS), no lançamento do programa Rádio Inteligente. (Foto: Humberto Marques)
Bosco Martins, Cristiano Flores (Abert) e Rosário Congro Neto (AER-MS), no lançamento do programa Rádio Inteligente. (Foto: Humberto Marques)

O representante da Abert considera que o rádio vive “um momento muito especial”, no qual a profissionalização ajudará no alcance aos nichos de mercado. “O rádio é dinâmico e local. Embora haja veículos que queiram informar de forma global, ele trata da comunidade e, por isso, nunca deixará de existir”, considerou Flores, apontando o aumento da credibilidade do veículo, auferido em pesquisas de instituições como a XP Investimentos e o Ibope.

“O rádio se mostra mais confiável e, por isso, temos de aprender a explorar este aspecto”, ponderou. Congro Neto salientou que o veículo, a despeito de quem apostava em um encolhimento de sua relevância, vem ganhando espaço. “Pela própria mobilidade, ele está em todo o lugar: no carro, na cozinha, na sala. A audiência do rádio entre as 17h e 18h é imbatível, concorre com a própria TV”, afirmou.

Ele disse, ainda, que o alcance do rádio tende a crescer, caso seja aprovada a obrigatoriedade de telefones celulares fabricados no país mediante incentivos contarem com um chip para captação da faixa FM. “Não vai mais se sintonizar o smartphone pela internet, e sim pelas ondas de rádio, incrementando a audiência”. A proposta deve ser analisada pelo Congresso.

Antenado

Presidente do Fórum Brasileiro das Emissoras Públicas de Rádio e Televisão e diretor-presidente da Fertel (Fundação Luiz Chagas de Rádio e TV Educativa de Mato Grosso do Sul), Bosco Martins reforçou o otimismo sobre o rádio. Ele citou estudo da consultoria internacional Deloitte Global, que previa para este ano que o alcance do veículo chegaria a 85% da população adulta do mundo, mesmo que semanalmente, “o que representa 3 bilhões de pessoas sintonizadas no rádio em algum momento”.

Palestrante Fernando Morgado falou sobre perspectivas nos setores de marketing e negócios para as rádios. (Foto: Fertel)
Palestrante Fernando Morgado falou sobre perspectivas nos setores de marketing e negócios para as rádios. (Foto: Fertel)

A receita estimada para o rádio ao redor do mundo é de US$ 40 bilhões, segundo a Deloitte, cerca de 1% acima do faturamento de 2018. “O mercado sabe para onde direcionar os seus recursos e, com base nesse grande público, voltou a ter um olhar mais atento para o rádio”, salientou Bosco, citando entre as características do veículo sua gratuidade, a identificação entre ouvinte e os apresentadores ou programas e o tempo real na divulgação de notícias.

“O rádio ainda é um fiel companheiro em casa, no trabalho ou nas horas de lazer. Informa e diverte com música e notícias ao redor do mundo até a sua vizinhança. Ele segue como um verdadeiro hábito da sociedade”, pontuou o presidente do fórum.

Bosco, porém, atenta para a necessidade de modernização, já que o ambiente digital continua a avançar entre as mídias. Assim, aplicativos como o Spotify (que fornecem músicas mediante assinatura) e modelos de divulgação como podcasts vêm ganhando popularidade. “Em vez de pensar nesses novos formatos como concorrentes, devemos os enxergar como aliados e aproveitar as oportunidades que os mesmos trazem”, afirmou.

Como exemplo, o diretor-presidente da Fertel lembrou da modernização pela qual passa a Educativa 104.7 FM, que recebe investimento de R$ 200 mil para a digitalização de seu sinal, “nos moldes do que já conduzimos na TVE Cultura, dentro da determinação do governador Reinaldo Azambuja de otimizarmos serviços prestados”.

Pereira Guedes (Amambai FM) e Bosco Martins, durante evento da AER-MS. (Foto: Humberto Marques)
Pereira Guedes (Amambai FM) e Bosco Martins, durante evento da AER-MS. (Foto: Humberto Marques)

“Trabalhamos também na reformulação de nossa interface na internet, com a criação de novos portais para a rádio e a TV, de forma a permitir mais interatividade e possibilidades de acesso à nossa programação. Queremos não apenas acompanhar a modernização, mas participar desse futuro das telecomunicações”, finalizou Bosco.

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