A 3ª edição da Feira Literária de Bonito foi encerrada oficialmente neste domingo (10) com a promessa de continuidade em 2018. Segundo o prefeito do município, Odilson Soares, a Flibonito deveria servir de exemplo para os outros municípios, pois resgata a cultura dos jovens. “Um país, um estado, uma cidade sem cultura é uma cidade estagnada. Por isso temos que garantir a continuidade da feira e um evento ainda melhor para o ano que vem”, afirmou.
A Flibonito aconteceu entre os dias 6 e 10 de dezembro e reuniu milhares de pessoas, entre crianças e adultos, na Praça da Liberdade. As escolas municipais garantiram um movimento constante durante a quinta e sexta-feira. Pelo menos 400 alunos dos centros de educação infantil e escolas, assistiram e participaram das atividades, isso sem contar a participação das escolas particulares, que também marcaram presença. “Nós montamos um circuito, com ônibus escolares a disposição e envolvimento de professores e atendentes para trazer nossas crianças até a praça, sempre respeitando a capacidade da feira, que é de 100 alunos por período”, detalhou a secretária municipal de Educação e Cultura Roseli Gambim.
O diretor-presidente da Fertel, jornalista Bosco Martins, também participou do evento representando o governador Reinaldo Azambuja e o secretário de Estado de Cultura e Cidadania, Athayde Nery. Ele parabenizou a organização do evento pela pluralidade de atividades, mas criticou os representantes dos poderes Executivo e Legislativo pela ausência. “Abro esse parêntesis para falar dos 4 dias da FLIB e sua quase total ausência de vereadores (com algumas exceções) e agentes públicos, secretários e suas equipes (cargos comissionados) que em tese deveriam estar contribuindo e torcendo para o sucesso do evento, que realmente beneficia a cidade”, disse.
Ainda segundo Martins, o grande legado que a Flibonito tem deixado para a cidade é a conquista cada vez maior do público jovem. “Esse é o grande valor de tudo isso, a experiência que proporciona as escolas do município, que no final são os grande beneficiados. Não se nasce leitor, torna-se leitor. Então tudo isso é uma construção na formação dos jovens”, afirmou.
Já o organizador da Flibonito, Carlos Porto, reforçou que apesar dos fatores externos que adiaram por duas vezes a realização da feira neste ano, o evento superou as expectativas e não deixou a desejar em nenhum critério. “Apesar da verba reduzida e do pouco tempo para organização após definida data oficial, a Flibonito 2017 aconteceu com todo glamour de sempre. Conseguimos manter a personalidade do evento, com as brincadeiras, teatros, intervenções, rodas de leitura e tudo mais. As livrarias se fizeram presentes e os tivemos a presença ilustre de vários autores e artistas regionais”, destacou.
Clarice é inspiração para concurso de desenhos:
Clarice Lispector e Maria Glória Sá Rosa foram as homenageadas da Flibonito 2017. Seus obras e pensamentos foram temas para oficinas, debates e também para o concurso de desenho entre os alunos da Reme. Segundo a secretária de Educação, as obras das homenageadas foram trabalhadas nas escolas e centros de educação infantil e após ouvir um pouco sobre elas, os alunos foram estimulados a produzirem releituras das obras.
Os melhores desenhos foram premiados durante o encerramento da feira. O vencedor foi o aluno da Escola Municipal Manoel Inácio de Farias, José Luan, com o desenho o coelho pensador.
