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19 de abril de 2024 - 16:45

Povo das Águas: Voluntária leva autoestima para as comunidades ribeirinhas

Sempre é admirável quando alguém se dispõe a ajudar outras pessoas, de forma gratuita e voluntária. Afinal de contas – salvo algumas situações definidas em lei – ninguém tem a obrigação de trabalhar gratuitamente para outras pessoas.

Os homens eram maioria na tesoura de Maria. / Imagem:Fábio Marchi

Mais admirável é quando essa mesma pessoa se dispõe a ajudar moradores do Pantanal, pois a vida da comunidade ribeirinha pantaneira é muito difícil: além do acesso limitado às facilidades da vida moderna geralmente comuns à rotina das cidades – tais como energia elétrica, comunicação, compra de alimentos, remédios e combustível  – as pessoas que vivem no Pantanal Sul-Matogrossense dificilmente dispõe de serviços simples, como o corte de cabelo, por exemplo.

Maria Zulmi Ribeiro (65) tem 33 anos de profissão. Em sua carreira profissional, ela trabalhou por cerca de 18 anos em uma barbearia da cidade. De acordo com a cabeleireira, ela tem total apoio da sua família:

Dentre as crianças atendidas, várias não sabiam ainda o que era um corte profissional de cabelo.
Segundo Maria, poucas mulheres se arriscaram a cortar suas longas madeixas. Mas as que cortaram sentiram-se felizes e bonitas. / Imagem:Fábio Marchi

Trabalho Voluntário

Segundo Maria, ela tinha vontade de fazer parte do projeto, pois  achava a proposta muito interessante:

E completa:

E cortar cabelo no Pantanal não é fácil: Maria precisa de energia elétrica para que suas máquinas de corte funcionem:

A cabeleireira relata um dado curioso: praticamente todos os seus “clientes” pantaneiros são homens adultos. Ela relata que mulheres e crianças cortam o cabelo muito pouco:

Segundo Maria, a distância é o principal obstáculo do ribeirinho:

“Vocês não tem noção do trabalho que é para eles, comprar arroz ou óleo, por exemplo. Imagine então, cuidar da aparência”

Ubiracy Vieira de Arruda (52) é um dos moradores da comunidade do Corixão que esteve presente na ação do Povo das Águas do mês de Setembro – em Porto Buritizal – e resolveu dar um trato no visual, com Dona Maria – que está trabalhando gratuitamente oferecendo cortes de cabelo para a comunidade ribeirinha visitada pelo Programa :

“Seo” Ubiracy foi um dos privilegiados a darem “um tapa” no visual, nas mãos de Dona Maria. / Imagem:Fábio Marchi

“É bom porque a gente fica mais bonito, isso é bom, né?”

O pantaneiro nasceu e foi criado na comunidade – e hoje cuida dos seus pais, que ainda vivem na região.

Os jovens pantaneiros já arriscam cortes de cabelo mais “modernos”- ainda que sob a “mulagem” dos amigos e mais velhos. / Imagem:Fábio Marchi

Contando com seu Ubiracy, Dona Maria realizou durante toda a ação cerca de 142 cortes de cabelo em cinco dias. Um número que muitos profissionais trabalhando na área urbana não conseguem atingir, um número impressionante – e tendo em vista as condições de trabalho oferecidas.

Questionada sobre a sua eficiência ( uma média de 28 cortes de cabelo por dia da ação ) e trabalhando fora do conforto e do ar-condicionado de um salão de beleza, a sexagenária cabeleireira respondeu:

“Foi tão prazeroso e divertido que nem vi o tempo passar.”

Fonte: correiodamanha.com.br

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