Com o objetivo de permitir a reprodução natural dos peixes e seguindo a Resolução Semac nº 2 de 2013, começa hoje (5) mais um período da Piracema em Mato Grosso do Sul, que segue até dia 28 de fevereiro do ano que vem. Com a resolução vigente fica proibida a pesca nas bacias hidrográficas dos rios Paraguai e Paraná, incluindo lagos, lagoas, alagados, canais e os banhados marginais aos cursos d’água.
Ainda de acordo com a Resolução, a captura por pescador profissional e com finalidade comercial, de exemplares das espécies utilizadas como iscas vivas, poderá iniciar-se somente a partir de 20 de fevereiro. No mesmo mês somente na calha do Rio Paraguai, será permitida a pesca amadora quando executada exclusivamente no sistema pesque e solte.
Segundo a Polícia Militar Ambiental (PMA) o esquema especial de fiscalização será mantido como nos anos anteriores, contando com todo o efetivo da PMA, que é de 338 policiais, lotados em 25 subunidades em 18 municípios. Este esquema especial tem início com a manutenção dos policiais que trabalharam desde o dia 1º de outubro até hoje (5) na operação pré-piracema, com o intuito de dissuadir a possível intenção de algum pescador a continuar pescando depois do período fechado.
Com relação ao início da operação Piracema, a PMA priorizará a montagem de Postos Avançados, fixos, nas principais cachoeiras e corredeiras nos rios do Estado e da União, perfazendo um total de 10 postos, a fim de monitorar os cardumes. Esses locais são pontos cruciais para a fiscalização, pois, quando os cardumes ali chegam, precisam que a água atinja uma vazão que lhes permita continuar a subida e, consequentemente, ficam muito vulneráveis, tornado-se presas fáceis para pescadores inescrupulosos, que retirariam facilmente grandes quantidades de peixes, fazendo uso de petrechos proibidos de malha (redes e tarrafas).
Este esquema inteligente de fiscalização permite grande economia de recursos humanos e materiais, pois, em “piracema”, os peixes estão em cardumes, por isso, não adianta se ter um gasto enorme com combustível e pessoal subindo e descendo rios e perder cardumes por não manter vigilância nesses pontos vulneráveis, que são as cachoeiras e corredeiras.
Os Postos Avançados da Cachoeira do Sossego, no rio Aquidauana, em Rochedo e do Salto do Pirapó no rio Amambai, em Amambai tem permanecido ativados durante todo o ano, desde 2009, mesmo após a abertura da pesca, para prevenir a pesca predatória.
Com estes oito postos, significa que a PMA ganha mais oito subunidades operacionais, pois em cada ponto deste, ficam três policiais acampados e com barcos e motores para executarem a fiscalização nas imediações dos postos e monitorando os cardumes, permanecendo sempre um policial na cachoeira ou corredeira (posto). Confira os locais onde os postos já estão sendo montados:
- Cachoeira Branca (Rio Verde) – Água Clara;
- Cachoeira do Sossego (Rio Aquidauana) – Rochedo;
- Cachoeira do Rio Anhanduí – Santa Rita do Pardo;
- Cachoeira do Serrano (Rio Aquidauana) – Aquidauana;
- Cachoeira do Morcego (Rio Aquidauana)- Aquidauana;
- Cachoeira das Palmeiras (Rio Taquari) – Coxim;
- Barra do Rio Aquidauana com o Miranda – município de Miranda;
- Parque Estadual Várzeas do Ivinhema-Parque-Jateí;
- Cachoeira do Salto Pirapó – Rio Amambai – Amambai;
- Cachoeira do Rio Apa – Porto Murtinho;
Fiscalização na fronteira
Como na operação passada, nesta piracema, haverá continuidade na fiscalização em Posto Itinerante, que funcionará com uso da lancha de grande porte adquirida em parceria com o Ministério da Pesca. Equipes irão se revezar a cada sete dias e permanecerão exercendo fiscalização preventiva e repressiva especialmente na área de fronteira com o Paraguai e Bolívia, tanto no rio Paraguai, como no rio Apa. Será também fiscalizada a região de divisa com o Mato Grosso, pelo Rio São Lourenço e Piquiri e atenção especial à área do entorno do Parque Nacional do Pantanal.
A área de divisa MS/MT é uma preocupação antes do fechamento da pesca e também durante a operação piracema, pois pescadores pensam que estão protegidos por causa da grande distância e o difícil acesso a alguns locais no Pantanal. Neste caso a PMA informa que equipes já reforçam a fiscalização desde a operação pré-piracema.
Com informações da Assessoria da PMA e do Imasul
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