Campo Grande, MS – Mato Grosso do Sul está preparado para eventual hipótese de entrada do novo Coronavírus no Brasil, segundo a secretária-adjunta de Saúde do Estado. Christinne Cavalheiro Maymone Gonçalves. Segundo ela, a Secretaria de Saúde está capacitando as equipes de vigilância dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul e também adquirindo insumos e equipamentos de proteção para os agentes de saúde para garantir que, na hipótese do surgimento do vírus no Brasil todos estejam preparados para enfrentar eventual epidemia. Christinne falou sobre o plano de enfrentamento ao novo Coronavírus em entrevista ao programa Panorama MS, que vai ao ar de segunda à sexta-feira, às 10h (ao vivo) e às 18h15 na TVE Cultura MS.
A secretária reafirmou a informação do Ministério da Saúde de que no Brasil não há nenhum caso confirmado do novo Coronavírus, mas as autoridades sanitárias estão preparadas e se capacitando ainda mais para o enfrentamento. Christinne Maymone reforça que a população deve adotar medidas de higiene pessoal, com a limpeza das mãos constantemente para evitar a contaminação “não apenas pelo novo Coronavírus, mas por outros diversos vírus” que afetam o sustema respiratório.
“Deixamos claro que as equipes de vigilância em saúde estão protas a realizar ações para que possamos cont4er a possível entrada do Coronavírus no País”, disse a secretária-adjunta, lembrando que há, por parte do Ministério da Saúde, uma atuação permanente na disseminação de informações corretas, boletins epidemiológicos. O Estado está preparado e estamos trabalhando e seguindo os protocolos para uma situação de emergência”, mesmo que não haja nenhuma caso confirmado.
Uma das providências em MS foi uma resolução do secretário Geraldo Resende compondo equipes para elaboração de plano emergencial, a ser enviado ao Ministério da Saúde. “Nesse momento o mais importante é a prevenção, capacitando equipes, desde a atenção primária, passando pelos agentes comunitários e agentes de endemias, com hospitais privados, pois é muito importante que todos estejam preparados para identificar casos suspeitos.
Segundo a secretária-ajunta de Saúde, o primeiro passo para uma ação eficiente é o fluxograma de conhecimentos sobre o vírus, por isso essa preparação, nos três níveis de governo, envolvendo todos os municípios, capacitando equipes e aparelhando as unidades de saúde com os equipamentos de proteção dos profissionais e insumos para co0leta de materiais e detecção através de4 exames específicos.
De acordo com a secretária-adjunta de Saúde, a estratégia atende aos protocolos seguindo as características de cada região e local. No Estado, o Centro de Operações de Emergência (COE/MS) coordena e executa as ações junto aos demais grupos, comissões, comitês, câmaras que atuam em situação emergencial relacionadas ao novo Coronavírus. Também tem a atribuição de elaborar as Notas Técnicas e Informativas ou de procedimentos segundo a classificação da emergência, e as ações relativas à resposta rápida relacionadas ao Coronavírus.
O Centro de Operações também dá suporte aos municípios na estruturação das Vigilâncias em Saúde, bem como realiza o monitoramento, acompanhamento e avaliação de sua atuação, assim como monitora os informes de alerta dos órgãos de acompanhamento para execução dos planos de ação em tempo oportuno.
Na semana passada, a SES encaminhou nota técnica aos profissionais de saúde dos 79 municípios, orientando sobre as ações a serem adotadas em caso de surgimento de pessoas com os sintomas da doença e de como proceder com a coleta de amostras para exames. A Secretaria recomendou às equipes de vigilância epidemiológica municipais, bem como serviços de saúde, a estarem alertas aos casos de pessoas com sintomatologia respiratória e que apresentam histórico de viagens para áreas de transmissão local do vírus, que tenha vínculo ou contato próximo com caso suspeito de novo corona vírus nos últimos 14 dias.
Sem registro no Brasil
O Brasil permanece sem registro do novo Coronavírus que já atinge 24 países além da China. Porém, segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o momento agora é de vigilância e de planejamento de diferentes cenários. “Temos que trabalhar desde o cenário super otimista, de que não teremos casos, o realista, que é o que tem probabilidade de ocorrer, e o pessimista, que é ter uma epidemia global”, ressaltou. Mandetta afirmou que pela grande circulação de pessoas no mundo, é difícil saber como será a linha do tempo. “O cenário pode mudar muito rápido, por isso a manutenção da vigilância está extremamente elevada”, disse.
O ministro da Saúde afirmou ainda que irá ao Paraguai no dia 19 de fevereiro para uma reunião com os ministros da saúde do Mercosul sobre o novo coronavírus. “O Brasil tem 17 mil quilômetros de fronteiras. É muito importante que esses países tenham sistema de vigilância para bloquear possíveis casos”, disse Mandetta.
O Ministério da Saúde atualizou nesta segunda-feira (10) as informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde sobre a situação dos casos suspeitos no Brasil. O número reduziu em quatro casos se comparado ao informe anterior. Agora, 7 notificações se enquadram na atual definição de caso suspeito para o novo coronavírus: Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), São Paulo (3), Paraná (1) e Rio Grande do Sul (1).
