Com investimento de mais de R$ 38,4 milhões, a obra da construção do Hospital Regional de Dourados avança e gera expectativa nos moradores sobre aumentos de leitos e ampliação nos atendimentos, para reforçar a assistência em saúde na região, que abrange 33 municípios do Estado.
Localizada nas margens da rodovia BR-163, a obra já tem 27,5% da sua estrutura construída e a expectativa é que fique pronta em novembro deste ano. A base da construção já está bem desenvolvida, com os serviços em pleno vapor, dispondo neste momento de 86 trabalhadores em campo.
A construção da unidade faz parte do sistema de regionalização que o governador Reinaldo Azambuja defende desde o início da sua gestão . “A previsão é que os trabalhos estejam concluídos até o final do ano, quando colocaremos para funcionar a nova unidade, que receberá os moradores de mais de 30 municípios da região. O objetivo da regionalização da saúde em MS é levar o atendimento de qualidade mais perto das pessoas”, explica o governador.
A unidade está sendo construída pelo governo estadual para atender os pacientes de alta complexidade de toda região da grande Dourados, em um projeto que conta com recursos estaduais e federais. Ela vai dispor de diversas especialidades médicas, como enfermaria, isolamentos, UTI adulto, UTU Neonatal e pediátrica.
O hospital também terá à disposição da população leitos de observação, centro cirúrgico e obstétrico, unidade de nutrição, farmácia, pronto atendimento e observação, isolamento, recuperação e pós-anestesia, assim como anexo de serviços, em um total de 210 leitos.
A engenheira responsável pela obra, Viviane Carbonaro, ressaltou que neste momento está sendo realizada a parte das instalações elétricas, hidráulicas, alvenaria, reboco e já finalizando a chamada “superestrutura”, que se trata dos pilares e vigas do prédio, além de já seguir os trabalhos de contrapiso.
“Na semana que vem já finalizamos a superestrutura e a alvenaria será concluída em março. Já o reboco e o acabamento a previsão é de durar mais três ou quatro meses. Depois teremos o início da cobertura dos blocos”, descreveu. Ela ressaltou que a estrutura está bem adiantada e a expectativa é entregar a obra no prazo. “Esta unidade será importante para desafogar os hospitais da região, como a Santa Casa e assim ajudar a população, pois muitas vezes os casos mais graves precisam seguir para Campo Grande. A obra segue firme para contribuir com a saúde pública do Estado”, completou Carbonaro.
O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, destacou que a unidade estará disponível para uma população de mais de 800 mil pessoas da (região) grande Dourados, Conesul e Fronteira, que precisam deste novo complexo de saúde. “Será uma estrutura que possibilitará a concretização de um sonho nosso e do governador Reinaldo Azambuja, que é a regionalização da saúde, com a prestação de serviços de alta qualidade para os usuários”.
Expectativa
Enquanto a obra segue em pleno vapor, os moradores de Dourados vivem a expectativa de contar com a unidade de saúde ainda neste ano, sendo mais uma opção para atendimentos, consultas, cirurgias e pronto socorro para atender os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Faz tempo que precisamos de mais um hospital, com a disposição de médicos e especialistas para população, quanto mais tiver à disposição melhor. Ter mais esta unidade de saúde na cidade será importante”, afirmou o vigilante Jilvan José de Souza, de 57 anos, que mora na cidade há de mais de 30 anos.
A secretaria Naiara Santos, de 27 anos, também ressalta que a obra será essencial para o município. “Nós precisamos de mais opções para saúde, até para não gerar lotação e aglomeração nos outros hospitais. Também será mais uma alternativa para atender os pacientes que estão em estado grave”, pontuou.
O açougueiro Vanderson Augustinho, 41, natural de Dourados, disse que a nova unidade será mais um reforço para que não faltem leitos aos moradores. “Quanto mais unidades de atendimento melhor, pois assim não vão lotar os hospitais. Ainda ajuda aquela região da cidade”, ponderou.
Já a comerciante Olga Ramona, 43, também lembrou que o novo hospital vai desafogar as outras unidades. “Muitas vezes se precisa de mais leitos, por isso é importante este empreendimento até para não lotar os hospitais em momentos de crise”.
Regionalização
A obra faz parte da política de regionalização da saúde proposta pelo governador Reinaldo Azambuja. “Queremos finalizar esse complexo hospitalar até o final do ano, pois ele faz parte da regionalização da saúde em Mato Grosso do Sul, desenhada para ampliar os atendimentos de alta e média complexidade em todas as regiões”, afirmou.
Após a construção do empreendimento, também está previsto a implantação de duas estruturas em anexo ao complexo, que será um centro de realização de diagnósticos e uma clínica de especialidades, que poderá promover tratamento em diferentes áreas.
A expectativa é que o centro de diagnósticos possa dispor de equipamentos de última geração, para realizar exames modernos como tomografia computadorizada, raio-x digital, eletroencefalograma, assim como laboratório de análises clínicas e até ressonância nuclear magnética, entre outros.
Já a clínica de especialidades terá à disposição tratamentos para cardiologia, dermatologia, gastroenterologia, oftalmologia, ortopedia, geriatria, psicologia, fonoaudiologia, assim como urologia, nutrição, reumatologia, otorrinolaringologia, entre outros previstos.
Leonardo Rocha, Subcom
Fotos: Edemir Rodrigues