O Assunto é Cinema de hoje (19) traz a lenda do horror Béla Lugosi e o cineasta François Truffaut como destaques. Clayton Sales ainda comenta no programa a estreia de “O Primeiro Homem” nos cinemas da capital.
O húngaro Béla Ferenc Dezsõ Blaskó nasceu em Lugoj no dia 20 de Outubro de 1882. Os fãs o conhecem como Béla Lugosi, o eterno Drácula do clássico dirigido por Tod Browing em 1931 e que depois viria a assumir não apenas o papel do mais famoso vampiro dos cinemas mas também vários outros ícones do terror. Lugosi começou a carreira nos palcos europeus, atuando no teatro até começar a trabalhar no cinema húngaro, nos tempos do cinema mudo. Dessa época até a mudança para os Estados Unidos e o estrelato passaram-se uma convocação para a 1ª Guerra Mundial e uma vida pessoal conturbada na Alemanha.
Nos EUA, Béla integrou o teatro da comunidade húngaro-americana até o momento em que interpretou Drácula numa adaptação teatral escrita por John Balderston. Sua atuação exótica e assustadora na peça chamou a atenção do diretor Tod Browing que o chamou para interpretar o vampiro em sua versão cinematográfica do romance de Bram Stoker. Lugosi ficou marcado pelo vampiro e por papéis em filmes de horror até o fim da carreira, quando foi convidado por Ed Wood para atuar como vampiro naquele que seria seu último filme, “Plano 9 do Espaço Sideral” em 1956. Essa história ficou eternizada na cinebiografia “Ed Wood” dirigida por Tim Burton em 1994 com Martin Landau no papel de Béla Lugosi.
Um dos fundadores da Nouvelle Vague e um dos maiores nomes do cinema mundial, François Truffaut nasceu em Paris, no dia 6 de fevereiro de 1932, e faleceu em 21 de outubro de 1984 com uma carreira com 26 filmes aclamados pelo público e crítica. Junto com Godard, Truffaut começou na França uma revolução no cinema com a Nouvelle Vague dando vazão ao pensamento que o diretor é o criador absoluto dos seus filmes. Seu manifesto se inspirava no trabalho de Hitchcock, a quem Truffaut entendia como o grande responsável pelos seus filmes. Truffaut defendia que a responsabilidade sobre um filme dependia quase que exclusivamente de uma única pessoa, o diretor.
Na França, Truffaut dirigiu grandes clássicos como “Os Incompreendidos” em 1957 e “Jules e Jim” em 1962. Seu sucesso o levou a uma carreira nos Estados Unidos com a adaptação “Fahrenheit 451” em 1966, baseada no romance homônimo de Ray Bradbury. Um dos seus filmes mais emblemáticos é “A Noiva Estava de Preto” de 1968, filme que inspirou Quentin Tarantino em “Kill Bill” e diretores como Brian de Palma na criação das damas fatais de seus famosos suspenses. Truffaut pode ser ainda visto como ator em inúmeras ocasiões, uma delas sendo sua participação como o simpático cientista Claude Lacombe em “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” em 1978 dirigido por Steven Spielberg.
Dirigido por Damien Chazelle em sua primeira incursão em uma temática não relacionada à música, “O Primeiro Homem” conta a história da vida do astronauta norte-americano Neil Armstrong (Ryan Gosling) e sua jornada para se tornar o primeiro homem a andar na Lua. Os sacrifícios e custos de Neil e toda uma nação durante uma das mais perigosas missões na história das viagens espaciais. O filme teve uma boa recepção no Festival de Veneza com uma reação positiva de público e crítica.
Sintonize – Apresentado por Clayton Sales, o programa O Assunto é Cinema traz a trilha sonora da sétima arte para as ondas do rádio, e vai ao ar às terças e sextas-feiras, a partir das 10h durante o período de campanha eleitoral, na Educativa 104.7 FM, podendo ser acompanhado também pelo Portal da Educativa. Siga o programa nas redes sociais: facebook / instagram