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25 de abril de 2024 - 13:20

O Assunto é Cinema – O retorno do Inspetor Poirot em mais uma adaptação de Agatha Christie

“Morte no Nilo” marca o retorno de Keneth Branagh como o icônico Inspetor Poirot. (foto: reprodução)

 

Ambientado nos anos 1930, “Morte no Nilo” traz de volta o lendário detetive Hercule Poirot, desta vez, tentando tirar uma férias no Egito. Ele sai numa viagem de barco pelo rio Nilo quando um misterioso assassinato acontece. Então, é claro, o policial é chamado para desvendar o caso, que envolve vários suspeitos.

Confira o trailer do filme “Morte no Nilo”:

 

 

Análise

Baseado no romance homônimo de Agatha Christie lançado em 1937, o filme tem a direção de Keneth Branagh, que também interpreta o papel principal. É inegável que o cineasta e ator mostra devoção à obra de Agatha Christie e isso fica explícito nos elementos que usa tanto para conduzir o filme quanto para compor seu detetive Poirot.

“Morte no Nilo” exala a atmosfera que mistura obscuridade com exuberância paisagística que caracteriza a obra literária da “rainha do crime”. Os cenários são deslumbrantes e temperados com uma fotografia que não deixa escapar o clima de mistério, ou seja, é lindo, mas não distrai do foco. Essa reverência à autora britânica é um mérito, mas ao mesmo tempo um problema.

Nos livros de Agatha Christie sobre Hercules Poirot, o mais delicioso são os caminhos que o detetive percorre para desvendar crimes em meio a uma fauna diversa de suspeitos. É uma fórmula relativamente simples que se reveste de riqueza na astúcia do investigador. Se por um lado Keneth Branagh respeita a essência do livro, por outro, ele perde a chance de tornar a versão cinematográfica menos amarrada original.

Adaptações audiovisuais permitem e, às vezes, até exigem soluções próprias dessa linguagem. Assim, as adotadas em “Morte no Nilo” fazem o encanto pela genialidade de Poirot se perder em meio a uma textura de comédia de aventura que escapa do controle. Como é uma obra de muitos personagens gravitando em torno de Poirot, eles se perdem em atuações previsíveis, apesar de condizentes com o espírito superficial da forma cinematográfica.

“Morte no Nilo” é um filme razoável, que diverte em alguns momentos, mas não envolve naquilo que realmente interessa: a investigação criminal, mesmo recheada com os condimentos exóticos criados por Agatha Christie. Vale assistir mais pelo encanto do universo da “rainha do crime” do que pela forma como a trama é desenvolvida. E pela paixão sincera de Keneth Branagh pelo legado da escritora. E, no meu caso, por uma das suspeitas, uma guitarrista e cantora de blues, logo, dá para imaginar o quanto adorei esse pedaço da trilha sonora.

 

Nota 6
  • Análise escrita por Clayton Sales, produtor e apresentador do programa O Assunto é Cinema.

 

A resenha de “Morte no Nilo” foi ao ar no dia 17 de fevereiro durante o programa O Assunto é Cinema na Educativa 104.7 FM. Você pode conferir o programa em formato podcast no Spotify da Rede Educativa MS:

 

 

Sintonize – O programa o Assunto é Cinema traz a trilha sonora da sétima arte para as ondas do rádio, e vai ao ar às quintas-feiras, das 22h às 00h, na Educativa 104.7 FM. Produzido e apresentado por Clayton Sales, o Assunto é Cinema pode ser acompanhado pelo Portal da Educativa ou em formato podcast no Spotify da Rede Educativa MS. Siga o programa nas redes sociais: facebook / instagram

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