Quem teve o privilégio de contemplar o céu de Bonito na tarde desta quinta-feira (3) ficou impressionado com as nuvens que pareciam dividi-lo. Enquanto sobre a cidade a tonalidade era de um azul claro e limpo, sobre os morros ao leste, parecia estar se formando uma tempestade. Além disso, às nuvens pareciam formar um paredão, tentando impedir que as duas cores se misturassem.
O fenômeno chamou a atenção de muita gente e logo foi clicado e reproduzido nas redes sociais. Tinha que brincasse com a chegada do Apocalipse, ou fizesse apologia a Esquadrilha da Fumaça, que por coincidência, havia passada pouco antes riscando o céu. Mas também houve quem acertou, afirmando que era o frio chegando.
A Física, Mestre em Meteorologia e Coordenadora Técnica do CEMTEC/MS-Agraer, Franciane Rodrigues, explicou que o fenômeno representava a frente da frente fria chegando, caracterizada por uma “nuvem de tempestade. “Mas provavelmente nem deve ter chovido nessa potência toda, porque climatologicamente estamos num período seco. A estimativa é que teve pancadas de chuva isoladas no máximo de 3 milímetros aí na região”, detalhou.
Ainda segundo Franciane, a região deve ter sido uma das primeiras a contemplar a chegada das linhas de instabilidade, que também trouxe ventos intensos durante a noite e queda de temperatura. “Essa divisão foi ocasionada pelo encontro de diferentes massas de ar, uma quente e uma fria. E essa nuvem espessa é o que separa as duas condições”.
A chuva porém, que há mais de mês não aparece em Bonito, ainda deve continuar sumida por mais uns dias. Segundo o Cemtec/MS, a previsão para todo o mês de agosto é de 47,2 milímetros. Bem diferente dos meses de maio e junho, quando foram registrados mais de 200 milímetros em menos de 15 dias.
No município, a mínima nesta sexta-feira (4) foi de 8º C, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), mas o sol forte ameniza o clima e pode elevar as temperaturas a até 22 ºC. Para o final de semana a previsão é de calor, com mínima entre 16 e 19 ºC e máxima entra 30 e 33 ºC.
