Isso é o que recomenda a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), elaborada pelo Ministério da Saúde. O motivo, segundo o ministério, são vários. Entre eles, indicadores de que o homem vive em média sete anos a menos que as mulheres e de que a cada três mortes de adultos, duas são de homens.
No Mato Grosso do Sul, dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) revelam que em 2018 o câncer de próstata foi relacionado a 255 mortes de homens. No topo da estatística, doenças ligadas ao aparelho circulatório, como hipertensão, AVC e insuficiência cardíaca, mataram 2.795 homens. Já as causas externas, como acidentes de trânsito, homicídios e suicídios, resultaram em 1.625 mortes masculinas.
“O homem precisa aprender a se cuidar”, afirma, categoricamente, a gerente de Saúde do Homem da SES, Maria Jesus Nasser Viana. Por isso, o Estado trabalha todos os eixos da Política Nacional para homens de 20 a 59 anos: prevenção de violência e acidentes; saúde sexual e reprodutiva; paternidade e cuidado; e doenças prevalentes na população masculina.
As atividades, acompanhamentos e discussões sobre a saúde masculina acontecem durante todo o ano. E, claro, ganham força em novembro, mês dedicado ao tema.
Nesta terça-feira (4), por exemplo, será realizado na governadoria o “Seminário Estadual Novembro Azul”, que tem como tema “Homens como protagonistas do cuidado de sua saúde em todas as fases da vida”.
Palestras, rodas de conversa, exibição de vídeos e outras atividades também são realizadas durante o mês em empresas e instituições públicas em todo o Estado, conforme solicitações gratuitas feitas à SES. Ações já estão programadas paras os próximos dias na Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e na Escola do Senai, com mais de 100 participantes.
“Vamos com nutricionista, médico e equipe para debater todos os eixos da saúde dos homens, incluindo acidentes, violência e suicídio”, comenta Maria Jesus.
Bruno Chaves, Subsecretaria de Comunicação (Subcom)