O maior programa de saúde da história de Mato Grosso do Sul, a Caravana da Saúde está sendo remodelada e promete vir a todo vapor para levar novos atendimentos à população sul-mato-grossense em 2017. De acordo com o governador Reinaldo Azambuja, outras demandas entram na assistência à saúde para diminuir ainda mais a “fila da vergonha”.
Reinaldo afirma que devido a importância de uma consulta médica para quem está desamparado, o projeto está sendo remodelado pelas equipes técnicas da Secretaria Estadual de Saúde. O objetivo principal continua o mesmo: levar mais atendimentos à população, atendendo demandas dos moradores do Estado, com novas ações nas regiões polo.
“Vamos fazer, por exemplo, atendimentos vasculares. Pessoas que têm problema de varizes que comprometem a mobilidade. Também atender crianças com problema de visão. Muitas delas têm dificuldade nos estudos por não enxergar bem. A gente pretende dar o atendimento e também os óculos para os estudantes da rede pública. Estamos vendo ainda uma parceria com o Hospital do Câncer para que todas as mulheres tenham acesso aos exames para o diagnóstico de câncer de colo de útero e mama, porque a gente sabe que com diagnóstico precoce há mais chance de cura. Então a Caravana vem com uma demanda diferente para levar melhor qualidade de vida as pessoas”, declara.
O governador frisa que é importante lembrar que a Caravana, além de fazer atendimentos pontuais, àquelas pessoas que há anos aguardam atendimento na rede pública nos municípios, passa reestruturando todo o sistema e a lógica regional da saúde. Na 1ª edição foram entregues inúmeros equipamentos hospitalares, ampliados serviços de saúde e o número de leitos de UTIs.
“Em dois anos, nós dobramos o número de leitos de UTI em MS. Em Campo Grande, entregamos 20 leitos de UTI para o Hospital do Câncer, 10 unidades na Maternidade Cândido Mariano. Para o interior do Estado, foram 30 novos leitos de UTI adulto sendo 10 no Hospital Regional de Nova Andradina, 10 no Hospital da Vida em Dourados e outros 10 no Hospital Regional de Ponta Porã.Três Lagoas nós vamos entregar o Hospital Regional que está andando e já temos os recursos disponíveis. Assim como o hospital de Dourados”, afirma.
Sobre os procedimentos de ortopedia, aguardados há tempos por pacientes, estão sendo disponibilizados consultas pré-operatórias, exames complementares necessários às cirurgias e acompanhamento pós-operatório, o que inclui curativo, retirada de pontos, avaliação clínica, agendamento de nova consulta até o encaminhamento para o serviço público de saúde contrarreferenciado.
“Nós estamos investindo muito nas cirurgias ortopédicas nos hospitais parceiros, Penfigo e Santa Marina, cirurgias de pé, quadril e outros que há muito tempo não era feito. Contratamos o serviço privado a preço de SUS para atender uma demanda da população. A OS de Ponta Porã vai realizar mais de 3 mil cirurgias eletivas para a população de fronteira, são procedimentos ginecológicos, apêndice, coluna, oftalmológico e outros. Estamos trabalhando para melhorar a saúde da nossa população”, disse.
Caravana
Para que o planejamento da regionalização da Saúde pudesse ser iniciado, o governo criou o programa Caravana da Saúde, com o objetivo de por fim a fila da vergonha, que mantinha milhares de pacientes aguardando por atendimento médico há mais de 10 anos. Assim nasceu o sistema de mutirão de atendimentos médicos que levou cirurgias, consultas e exames para 11 regiões que receberam pacientes dos 79 municípios.
No total foram mais de 50 mil cirurgias, 850 mil procedimentos, 100 mil consultas, 34 mil exames e 240 mil visitantes, com investimentos superiores a R$ 75 milhões. No mês de setembro a Caravana iniciou uma nova etapa, liberando quatro mil cirurgias eletivas em especialidades em cirurgia geral, urologia, ginecologia e ortopedia, que estão sendo realizadas no Hospital Adventista do Pênfigo em Campo Grande e Hospital São Julião.
“A Caravana vem para atender, mas principalmente estruturar o setor. Vamos ter uma diminuição enorme nessa fila que envergonhava MS. São Julião está fazendo as cirurgias oftalmológicas, quem não foi atendido na Caravana está agora recebendo esse atendimento destro da tabela SUS. Hemodiálise, nós entregamos em Coxim e as pessoas que percorriam 600 km para ter esse tratamento e agora podem fazer lá. Estamos nos esforçando. Tenho certeza que conseguimos melhorar a vida de muitas pessoas e vamos fazer a diferença na vida de outras que ainda serão atendidas”, encerra Reinaldo.
Texto: Diana Gaúna – Subcom
Foto: Chico Ribeiro