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25 de abril de 2024 - 00:26

No Março Amarelo, ginecologista fala ao Bom Dia Campo Grande sobre a endometriose

Juliane Chaia Dionizio explicou na Educativa 104.7 FM os sintomas e problemas decorrentes da doença, que atinge 10% das mulheres
Juliane Chaia Dionizio (à direita) apresentou informações importantes sobre a endometriose. (Foto: Daniela Lima)
Juliane Chaia Dionizio (à direita) apresentou informações importantes sobre a endometriose. (Foto: Daniela Lima)

Com a criação do Março Amarelo, ginecologistas e obstetras reuniram esforços para conscientizar a população sobre a endometriose, doença que atinge as mulheres em período fértil e que se alterna entre sintomas silenciosos e alertas do corpo sobre a necessidade de investigação para evitar problemas como a infertilidade. Para falar sobre a doença, o Bom Dia Campo Grande desta quarta-feira (20) recebeu a ginecologista e obstetra Juliane Chaia Dionizio, que falou à Educativa 104.7 FM sobre os sintomas e cuidados relativos ao problema.

“A endometriose é uma doença crônica inflamatória da região pélvica. É como se a camada interna do útero, as células endometriais, estivessem do lado externo, podendo acometer a bexiga, intestino, ovários e trompas. É uma doença de difícil diagnóstico. Hoje, cerca de 10% da população tem e não sabe. As mulheres a descobrem quando tentam engravidar ou sofrem com muitas cólicas”, explicou Juliane.

Segundo a ginecologista, o diagnóstico é dificultado por conta do exame específico para identificação da doença e, também, pelo próprio desconhecimento da paciente, ao considerar normais cólicas intensas no período menstrual. “Muitas pacientes não têm queixas, a ponto de 10% delas só descobrirem a doença quando tem dificuldade para engravidar, já que a endometriose pode também não ter sintoma nenhum”.

Surgimento

Manifestações da doença podem ocorrer no período menstrual, por exemplo, quando a paciente tem dificuldade para ir ao banheiro –constipação ou diarreia para evacuar ou dores para urinar, por exemplo. “São sintomas atípicos que não se encaixam no padrão da endometriose e, por isso, nem sempre entram no diagnóstico”.

Para piorar, as causas da doença ainda não são um consenso: há teorias, segundo Juliane, que falam de um “sangramento retrógrado” que, em vez de ser menstrual, sai pela cavidade abdominal e atinge trompas e a cavidade abdominal, onde as células endometriais se multiplicam. Questões genéticas, ambientais ou imunológicas também figuram como possibilidades para o surgimento da endometriose.

Hormônios

Juliane ainda destacou que o problema surge logo que a adolescente começa a menstruar –antes mesmo de iniciar a vida sexual–, ocorrendo o controle e, em alguns casos, a remissão do problema, quando deixam de menstruar ou durante a gravidez. “Melhora porque a doença é relacionada a hormônios. Se ajustar, tem boa melhora. Hoje, há tratamentos com melhora clínica e também da lesão, fazendo com que suma”.

Maristela Cantadori (esquerda) entrevista a ginecologista e obstetra Juliane Chaia Dionizio, que deu dicas sobre os sintomas da endometriose. (Foto: Daniela Lima)
Maristela Cantadori (esquerda) entrevista a ginecologista e obstetra Juliane Chaia Dionizio, que deu dicas sobre os sintomas da endometriose. (Foto: Daniela Lima)

A ginecologista também atribui tais fatos aos avanços da medicina que, embora ainda encontre uma doença de difícil diagnóstico (nem sempre identificável em preventivos ou por ultrassom), conseguiu melhorar os meios de a localizar, bem como à informação dos pacientes –que buscam mais informações pela internet.

Juliane pede que as mulheres se atentem às cólicas menstruais fortes, a ponto de serem incapacitantes, e em efeitos que ocorram conjuntamente –náuseas, calafrios, alterações no hábito intestinal, dor ao urinar ou evacuar e também nas relações sexuais são sinais de alerta. Já o tratamento depende da investigação clínica, que considera o grau de acometimento da doença. “Não falamos só em cirurgia por vídeo, mas alternativas para reduzir a inflação celular, como antioxidantes e acupuntura”, afirmou. Alguns contraceptivos também têm efeitos na endometriose por conta do uso da progesterona, porém, o uso deve ser recomendado por profissionais.

Gravidez

A endometriose pode ter complicações, principalmente, a dificuldade para engravidar –inclusive diante do fato de que, cada vez mais, mulheres adiam a maternidade. Contudo, há chances de, mesmo depois de desenvolvida a doença, haver uma gestação. “Isso depende do comprometimento das aderências (da parede uterina)”.

Juliane Dionizio complementa dizendo não haver prevenção, e sim “fatores que podem minimizar os danos” para as pacientes, que incluem desde a alimentação e cuidados com o corpo. “Tudo interfere a produção hormonal: como me alimento, metais pesados que intoxicam. A endometriose é um desarranjo hormonal com inflamação. Se melhorar o ambiente, consegue-se uma chance maior de não ter a doença”.

Sintonize – Com produção de Lívia Machado e Rose Rodrigues e apresentação de Maristela Cantadori e Anderson Barão, o Bom Dia Campo Grande permite ao ouvinte começar o dia bem informado, por meio de um noticiário completo, blocos temáticos e entrevistas sobre assuntos diversos. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30, na Educativa 104.7 FM, podendo se acompanhado também pelo Portal da Educativa.

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