Campo Grande (MS) – Foi aberta na noite desta segunda-feira (5) a Mostra de Cinema Argentino, no Museu da Imagem e do Som. O filme de estreia, “O mesmo amor, a mesma chuva”, do diretor Juan José Campanella, trouxe Ricardo Darín no papel principal.
O curador da Mostra, Pietro Luigi, esteve presente e disse que O mesmo Amor, a mesma chuva, é o único filme que ele repetiu, nesses cinco anos de parceria com o MIS. “Sempre tento pegar filmes contemporâneos e clássicos. No caso do cinema argentino, os filmes mais recentes acabaram ficando mais interessantes, você vê a evolução. O filme de hoje é o único que estou repetindo, porque o pessoal gostou muito na primeira vez em que foi exibido”.
Pietro diz que uma das principais características do cinema argentino é o bom humor. “Um drama com bom humor, combinado com a trilha sonora, geralmente uma mistura de um pouco de tango com pop. O filme de estreia é uma história de amor, numa ótima atuação dos atores e um roteiro muito inteligente”.
Sentado na primeira fileira, o servidor do Ministério Público, Jader Melo, ficou sabendo da Mostra porque segue a página do MIS no facebook, e também é amigo do curador. “Gosto do cinema argentino, dos filmes da América Latina prefiro os argentinos. A gente tem mais acesso. Conheço o trabalho do Ricardo Darín, tenho uma lista de filmes dele que tenho para assistir. Que o MIS continue com essas atividades. Quando tem uma mostra, eu sempre venho em pelo menos um dia da semana”.
Higor Felipe de Matos Müller também ficou sabendo da Mostra pelas redes sociais. “Eu sempre venho no CineMIS, e muita gente acaba convidando, compartilhando. Acho interessante os filmes das mostras, porque no dia a dia acabamos não tendo contato, o MIS disponibiliza filmes diferentes, para ter contato com essas produções. Assisto filmes para saber qual a proposta do momento. Acabou me atraindo a sinopse do filme de hoje. Eu tento absorver as características do cinema argentino assistindo aos filmes, mesmo que previamente eu não conheça”.
O italiano Giovani Marzorati é artesão e também trabalha no comércio. Depois de décadas de indas e vindas entre a Itália e o Brasil, acabou por se estabelecer aqui, há pouco tempo. Seu primeiro filho nasceu no Brasil, há 33 anos. Ele diz não conhecer muito do cinema argentino, e veio para acompanhar o Pietro Luigi, com quem divide apartamento, e também para mudar a rotina. “Gosto de cinema. Acho que este é o segundo filme argentino que vou ver. É bom levar a cultura de outros países para as pessoas”.
Os amigos Laís Sant’Ana Paradiso, advogada, e Rubens Armoa Lopes, analista de sistemas, ficaram sabendo pelo facebook e decidiram comparecer. Eles são amigos há muito tempo e conhecem o cinema argentino “de leve, não profundamente”. “Uma amiga jornalista umavez me indicou uns filmes argentinos que eu assisti. Eles têm uma pegada mais intensa, mais pé no chão, um lado mais humano e intenso das pessoas”, diz Rubens. “Acho muito interessantes essas mostras do MIS, pois é cultural, é gratuito, basta ter acesso à divulgação, aos horários dos eventos, o horário é bacana e não impede a maioria de comparecer”, diz Laís.
A Mostra continua hoje com o filme O Crítico, com direção de Hernán Guerschuny. As exibições vão até sexta-feira, sempre às 19 horas. A entrada é franca.
Texto: Karina Lima
Fotos: André Messias