Faleceu nesta quinta-feira, em Dourados, o maestro Adilvo Mazzini. Ele tinha 76 anos e sua morte abalou a comunidade acadêmica, segundo nota da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).
De acordo com a UEMS, a história do maestro e a história da UEMS se encontraram em 2014, quando ele fez a doação do Centro Cultural Guaraoby para a Universidade. O prédio, com décadas de tradição no município, abriga um importante acervo histórico que compreende variedade de materiais, como instrumentos musicais, fotografias, itens fonográficos, entre outros. O espaço está em reforma e deve ser reaberto no primeiro semestre de 2020.
Adilvo Mazzini deixou um importante legado para a UEMS e, principalmente, para a cidade de Dourados, tanto na música, quanto na cultura e no magistério.
Ele mudou-se para Dourados em 1970, onde cursou Letras. Além do Magistério, desempenhou funções, principalmente na área cultural, tendo sido diretor de Cultura da Fundação Cultural e de Esportes de Dourados (Funced).
Fez parte da equipe que implantou o Encontro de Corais Dourados, realizados a cada ano, até meados da década de 2000. Fundador e regente do Coral Santa Cecília (depois Coral Guaraoby), foi ainda regente outros corais, como das cidades de Caarapó e Rio Brilhante.
Por longos anos, fez parte do grupo de Regentes Corais da Fundação Nacional de Artes (Funarte), tendo sido coordenador local nos projetos : Villa Lobos (canto coral), Rede Nacional de Música (música erudita), Pixinguinha (música popular). Na área literária, lançou os livros “Retalhos de Mim” (2004)- poesias; “Poetas Dourados” (2004)– coletânea; “O Banco da Varanda” (2012), dentre outros. Como regente do Coral Santa Cecília, gravou os álbuns Natal Entre Os Povos”, “Memória Musical, 30 Anos” e CD com vários hinos.
Ele regeu o Coral Santa Cecília, no Centro Cultura Guaraoby, por anos. O Coro começou no final de 1970, quando a equipe de liturgia da Catedral de Dourados resolveu formar um coral, com músicas católicas. Porém somente no dia 2 de setembro de 1979 o Coral Santa Cecília nasceu, saindo das “paredes” da igreja católica. (Com informações do jornal O Progresso).