Internado desde o dia 8 por Covid-19, morreu no final da noite desta quarta-feira, 30 de dezembro, o jornalista Guilherme Filho. Ele havia completado 64 anos no dia 23. Guilherme foi um dos pioneiros no Jornalismo de Mato Grosso do Sul. Iniciou na carreira aos 17 anos. Com 21 anos, assumiu a Chefia de Redação no extinto Diário da Serra, um dos braços do Correio Braziliense (Diários Associados).
Guilherme Filho foi chefe da Comunicação da Assembleia Legislativa no início da década de 1980, da Prefeitura de Campo Grande, do Governo do Estado nas gestões de Wilson Martins e André Puccinelli, editor de Política no Correio do Estado, dirigiu o jornal Panorama em Dourados, atuou no jornal O Estado MS e até ser infectado por coronavírus estava na direção de Jornalismo da Rádio CBN, do Grupo RCN de Comunicação.
Filho de Guilherme Villalba Zurutuza e Adélia Nantes Zurutuza, deixa quatro filhos, Gabriela Carvalho Zurutuza, José Dias C. Zurutuza, Anahi Rocha Zurutuza (jornalista) e Andréia AC Leite. A notícia de morte foi estampada nesta quinta-feira de manhã por diversos veículos de comunicação, lembrando a trajetória profissional e a generosidade do jornalista, querido e respeitado por todos. Amigos e familiares lamentaram a morte e registraram mensagens nas redes sociais.
O diretor-presidente daTVE Cultura, Bosco Martins, que neste mês perdeu um irmão pela Covid-19, publicou nas redes sociais:
Adeus chamigo!!
Tem gente que o coração para de bater, repentinamente e morre. Tem quem atravessa a rua e morre, pega um resfriado e morre, engasga e morre. Tudo morte besta! Mas perder um irmão recentemente, o César, e hoje me deparar com a notícia da perda desse amigo e irmão Guilherme Filho, digo que essa morte por coronavirus é a mais besta de todas. O sentimento maior é não poder estar junto para o último abraço. Sabemos que a vida continua e a gente tem que ser forte. Diz o dito popular que Deus só dá a força para quem sustenta. Estamos tentando aguentar mais essa triste notícia. O filósofo Alex Hopper dizia você vai morrer, eu vou morrer, todos vamos morrer um dia, mas não precisava ser hoje, não precisava ser dessa forma. Eu não me conformo, eu não consigo admitir e nem acreditar que essa doença maldita tenha levado tantas pessoas amadas, tenha levado tanta gente!! Tá muito difícil! Num momento desses em que mais precisávamos tanto da leveza, alegria, liberdade e carinho nesse mundo, como as do Guilherme!! Ele era sempre um grande astral, tão bom de encontrar. Trabalhamos juntos e sempre que nos reencontravamos por ai, tínhamos boas histórias para relembrar. Comemoramos juntos e curtimos muito a vida, especialmente nos tempos em que moramos na vila Sargento Amaral, ainda com a comadre Adriana e nossa ” afilhada” Anahai. Sempre uma amizade e parceria linda, leve, mágica. Obrigado por sua amizade, por ser esse cara tão especial no meu coração e da Márcia e no coração de tanta gente.Que o Senhor nosso Deus receba você estimado amigo Guilherme. Que esse mesmo Deus dê forças aos familiares e amigos para suportar dor da partida.