Nutricionista fala ao Bom Dia Campo Grande sobre doença hepática que tem a má alimentação entre as causas principais e meios de se evitar progressão do problema
Esteatose hepática não alcoólica é o nome na medicina da “gordura no fígado”, um problema que acomete muitas pessoas no mundo e que costuma ser silencioso, apresentando sintomas já quando está em um estágio mais avançado. O mal, que pode evoluir para um tipo de cirrose, é resultado de uma alimentação rica em gorduras e carboidratos refinados, conforme explicou no Minuto da Saúde do Bom Dia Campo Grande desta quarta-feira (9) a nutricionista Bruna Magusso, coordenadora do Curso de Nutrição do Centro Universitário Anhanguera da Capital.
Bruna foi convidada a participar do programa para responder a dúvida do ouvinte Márcio Pereira, enviada pelo WhatsApp (67) 99333-1047. Com 38 anos e se dizendo um pouco acima do peso, ele afirmou gostar muito de fazer churrasco e beber com os amigos, recebendo recomendações de algumas pessoas para tomar cuidado com a gordura no fígado. Assim, ele pediu mais informações sobre o problema de saúde.
“A cirrose gordurosa não alcoólica atinge grande parte da população e se caracteriza pelo acúmulo de gordura nas células funcionais do fígado, os hepatócitos”, explicou Bruna na Educativa 104.7 FM.
“A principal causa desse acúmulo de gordura, de fato, são os hábitos alimentares: o consumo excessivo de gorduras e carboidratos podem levar ao acúmulo de gorduras. No caso do carboidrato é porque ele precisa virar energia, então, é estocado no corpo como gordura, podendo, também, ser depositado no fígado. O excesso de álcool também está relacionado à gordura no fígado”, prosseguiu a especialista.
A nutricionista advertiu que o controle do problema pode levar à redução de um pouco dessa gordura acumulada, “mas não consegue voltar ao estágio inicial”. “Podemos tornar isso não-progressivo, gerando acúmulos e revertendo sintomas que podem ter começado a aparecer”.
O problema, prosseguiu ela, pode acarretar uma lesão hepática mais grave, a cirrose não-alcoólica. “Por conta da má alimentação, vai se acumulando muita gordura no fígado, que causa uma lesão cicatricial e inflamação, tornando parte do órgão não mais funcional”, afirmou.
Tratamento
Bruna Magusso explicou que o controle da esteatose hepática não-alcoólica envolve o uso de medicamentos, em casos avaliados por especialistas, mas consiste principalmente em mudanças no estilo de vida.
“O que causa o acúmulo de gordura são os hábitos inadequados, então, nada melhor que os mudar”, afirmou ela, listando a redução do consumo dos carboidratos refinados (presente no açúcar refinado e também em biscoitos, pães brancos e outras massas que não sejam integrais, chocolate adoçado, salgadinhos de milho, refrigerantes e sorvetes, entre outros alimentos). “Não significa não consumir, mas não consumir em excesso porque esses alimentos não são ‘vilões’”, explicou ela. “O ideal é optar por alimentos integrais”.
Em relação às gorduras, a nutricionista recomenda a opção pelas monoinsaturadas –presente em alimentos como azeites de oliva e de palma, castanha de caju e abacate, por exemplo. “Em geral, deve se buscar uma alimentação saudável”, emendou. A prática de exercícios físicos também é recomendada.
Bruna ainda lembrou que a esteatose hepática não-alcoólica é silenciosa, embora possa ser diagnosticada por meio de exames de rotina –como na verificação de enzimas hepáticas, “que pode levar a suspeita de funcionamento inadequado ou de acúmulo de gordura no fígado por má alimentação”, afirmou. A ocorrência frequente de dores de cabeça e náusea são manifestações do acúmulo de gorduras no órgão em grau mais elevado, complementou.
O Minuto da Saúde é um dos quadros do Bom Dia Campo Grande que trazem informações relefantes sobre temas diversos –como Direito do Consumidor (às segundas-feiras), Direito Trabalhista e Previdenciário (terças), Saúde (quartas), Mercado de Trabalho e Empreendedorismo (quintas) e Tecnologia (sextas). Os ouvintes podem enviar suas dúvidas e sugestões de assunto para serem respondidos pelos especialistas parceiros da Educativa 104.7 FM pelo WhatsApp (67) 99333-1047 ou pelo e-mail reporter104fm@gmail.com.
Sintonize – Com produção de Daniela Benante, Eliane Costa e Alisson Ishy, reportagens de Daniela Nahas, Zilda Vieira, Katiuscia Fernandes, Bernardo Quartin e Gildo Pereira, apresentação de Maristela Cantadori e Anderson Barão, coordenação e edição de Rose Rodrigues e apoio técnico de Roberto Torminn e do DJ juju, o Bom Dia Campo Grande permite a você começar o seu dia sempre bem informado, por meio de um noticiário completo, blocos temáticos e entrevistas sobre assuntos variados.
O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30, na Educativa 104.7 FM e pelo Portal da Educativa. Os ouvintes podem participar enviando perguntas, sugestões e comentários pelo WhatsApp (67) 99333-1047 ou pelo e-mail reporter104fm@gmail.com.