Nutricionista Bruna Magusso explicou no Bom Dia Campo Grande como enfrentar problema comum em dias de calor e baixa umidade
Com as ondas de calor e o tempo seco dos últimos dias, os cuidados com hidratação têm sido uma recomendação constante de especialistas em Saúde, a fim de preservar o bom funcionamento do organismo e evitar doenças. Bruna Magusso, coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário Anhanguera, participou do Minuto da Saúde do Bom Dia Campo Grande desta quarta-feira (18) a fim de explicar como identificar a necessidade de hidratação, que vai além do que simplesmente sentir sede.
“De forma geral, (a pessoa desidratada) sente dores de cabeça, tontura e também percebe a pele e as mucosas, como as dos olhos, mais secas. A pele fica com turgor, mais flácida, como quando se dá um apertãozinho na mão e aquele beliscão demora a voltar ao normal”, explicou Bruna. Outro sintoma é a lentidão no funcionamento do sistema intestinal, sentido por constipação. “A dificuldade em ir ao banheiro evacuar se dá por causa da quantidade incorreta de água”.
A atenção quanto a hidratação deve ser mais em relação a crianças e idosos. No primeiro caso, porque as crianças costumam ser mais ativas, estando sempre envolvidas em alguma atividade e não se lembram de tomar água. Já quanto aos idosos, a questão é a sensação de sede reduzida dos mesmos, que os fazem perder a percepção da necessidade de água –traduzida na xerostomia, a sensação de boca seca, muitas vezes ausente nas pessoas de mais idade.
Os primeiros sinais da desidratação leve, prosseguiu a especialista, aparecem justamente “quando o corpo começa a pedir um pouco mais de água”. E, nesta hora, por mais que a publicidade lhe empurre diferentes líquidos, a melhor solução é sempre a água.
“Claro que há alimentos que são boas fontes de água, como frutas, legumes e verduras, que até por isso são perecíveis, mas para a boa hidratação o melhor é sempre a água pura, a ser consumida ao longo do dia, e não mistura com outros alimentos ou bebidas”, salientou a nutricionista.
Bebidas gaseificadas ou adoçadas, como refrigerantes e sucos, têm grande quantidade de água, porém, trazem outros componentes nem sempre tão benéficos para a hidratação. E, nessa hora, é interessante se seguir a fórmula que recomenda o consumo de dois litros de água por dia ou, o mais assertivo, consumir o proporcional do líquido conforme seu peso.
O cálculo é simples: para um adulto, a recomendação é o consumo de 35 ml de água por quilo. Assim, uma pessoa com 50 quilos deve ingerir 1,75 litro de água por dia (entre oito e nove copos), e uma com 70 quilos, 2,45 litros (de 12 a 13 copos).
O alerta quanto ao que se beber para hidratação inclui um antigo parceiro dos sul-mato-grosssenses: o tereré. “O tereré acaba sendo uma fonte de hidratação por levar água, mas não deve ser a única e não pode substituir a água pura ao longo dia. Ele tem um fator agravante porque, como se trata de erva-mate, é uma boa fonte de cafeína. Pessoas com pressão um pouco elevada devem ter atenção. O excesso de cafeína também causa dores de cabeça”, complementou Bruna Magussu.
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