Levantamento do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, realizado em abril e junho deste ano, revelou que sete em cada dez médicos entrevistados identificaram progressão de miopia em crianças durante a pandemia. A pesquisa entrevistou 295 médicos oftalmologistas, com diversas subespecialidades, como pediatria, córnea, catarata, glaucoma e retina. Entre os que verificaram aumento dos graus de miopia, 6% apontaram o problema em 75% dos pacientes, 27% relataram a situação em 50% dos pacientes e 67% registraram o quadro em cerca de 25%.
A oftalmologista Ana Claúdia Pereira atua em um hospital de olhos, em Campo Grande, com mais nove especialistas, e conta que também percebeu um aumento nos casos de miopia durante a pandemia. De acordo com a especialista, a miopia em si não preocupa, mas sim a alta miopia. Dados da Organização Mundial de Saúde mostram que nos últimos 20 anos dobrou o número de míopes e a projeção é que este número chegue a 10% da população, até 2050.
Confira as informações com a repórter Zilda Vieira
- A miopia costuma ser hereditária. Objetos distantes parecem nebulosos. A condição pode se desenvolver de maneira gradual ou rápida. As opções de tratamento incluem óculos, lentes de contato e cirurgia.