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Institucional

FM 104,7 [ AO VIVO ]

10 de fevereiro de 2025 - 08:23

Médica alerta para desinformação no tratamento contra diabetes

Dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) mostram que mais de 200 mil pessoas tiveram diagnóstico positivo de diabetes no Mato Grosso do Sul no primeiro quadrimestre de 2023, o que representa 7,5% da população do Estado. A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) aponta que atualmente 13 milhões de pessoas vivem com diabetes no Brasil, 6,9% dos brasileiros. 

Érica Abel da Silva é médica endocrinologista e falou sobre os riscos da automedicação. (Foto: Rogério Medeiros)

Amanhã (14) será comemorado o Dia Mundial do Diabetes, principal campanha de conscientização global em relação à doença. E Para falar mais sobre o assunto, o programa Rádio Livre, da Rádio E 104.7 FM, recebeu nesta segunda-feira (13), a endocrinologista Érica Abel da Silva, que falou da importância da informação adequada no tratamento contra o diabetes. 

Neste ano, a agência de checagem Lupa revelou que diversos sites vendem substâncias que prometem curar o diabetes em pouco tempo, entre estes supostos medicamentos, estão o GlicoSonus, Glico Vit, Glicofree, Glicozine, Gota Q10, GotaVita, Insulgota, Insultrin e Lax Q10. Nenhum deles possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “O diabetes é uma doença que tem uma prevalência muito alta na população, isso faz com que também muitas pessoas não tenham informação necessária, tanto para fazer o diagnóstico quanto para tratar”. 

“As pessoas não gostam de ter um diagnóstico de diabetes, então elas querem alguma medicação que cure o diabetes, mas o diabetes é uma doença crônica que não tem cura”

O diabetes é uma doença causada pela falta de insulina ou a incapacidade do hormônio exercer adequadamente sua função, que regula a glicose no sangue. A doença pode ser classificada como: diabetes tipo 1, mais comum em crianças e adolescentes, apresenta grave deficiência de insulina devido à destruição das células beta; diabetes tipo 2, o mais comum, associado a obesidade e ao envelhecimento e o diabetes mellitus gestacional, caracterizado pela intolerância a glicose durante a gestação.

Foto: Rogério Medeiros

A médica explica que o uso de medicações inadequadas e sem orientação profissional é extremamente prejudicial à saúde e pode levar ao agravamento dos quadros de diabetes.

“Isso expõe o paciente e ele pode desenvolver um quadro de hepatite fulminante pelo uso de medicações inadequadas. Você não tem um controle, não sabe o que tem dentro dessas medicações e o pior do que isso é que às vezes ele para a medicação adequada para fazer uso dessas medicações falsas”. 

Por ser uma doença crônica, o tratamento para o diabetes é contínuo e exige mudança de hábitos comportamentais e alimentares, além de acompanhamento profissional adequado e frequente. “Você precisa ter mudanças que você precisa fazer para o resto da sua vida, porque é uma doença crônica, assim como obesidade. O tratamento é diário, tanto do ponto de vista de hábito, do estilo de vida e de hábitos alimentares, quanto do uso de medicação”. 

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o paciente com diabetes deve seguir uma dieta especial, com ajustes na quantidade de calorias e glicose e fazer exercícios físicos, que ajudam na melhor captação de açúcar no sangue, bem como maior sensibilidade do organismo à insulina. 

“Hoje em dia nós temos várias medicações para tratar o diabetes, medicações seguras e comprovadas. O paciente precisa ter acesso a isso, através de um profissional que traga uma orientação adequada e que ele possa fazer acompanhamento contínuo”

Apesar de ser uma doença de alta incidência, dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) indicam que aproximadamente 40% das pessoas que possuem diabetes não sabem que vivem com a doença. “É aí que aumenta os seus riscos, porque o diabetes bem controlado a pessoa tem uma vida praticamente normal e não-controlado o paciente tem muitas comorbidades, aumento da incidência de doença cardiovascular, doenças vasculares gerais, aumento de obstrução arterial periférica, lesão renal, lesão de retina”.

Automedicação 

Érica alerta para o uso de medicações indicadas para o tratamento de diabetes, mas que são utilizadas com o objetivo de perda de peso. “Já existe essa medicação aprovada para o tratamento de obesidade e ela deve ser usada de forma correta, o que acontece é que as pessoas têm acesso sem uma prescrição médica, faz-se o uso de forma inadequada e com isso o paciente tem mais efeitos colaterais do que efeitos benéficos”.

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