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FM 104,7 [ AO VIVO ]

20 de abril de 2024 - 03:02

Massacre em Suzano foi tema de análise no Bom Dia Campo Grande

Programa da Educativa 104.7 FM desta quinta-feira entrevistou a psicóloga Shirley Gurgel para analisar motivações da dupla que matou 8 pessoas durante atentado

Homenagens às vítimas do tiroteio na escola Raul Brasil, em Suzano, São Paulo. (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters/Reprodução)
Homenagens às vítimas do tiroteio na escola Raul Brasil, em Suzano, São Paulo. (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters/Reprodução)

Nesta quarta-feira (13), brasileiros acompanharam estarrecidos as notícias sobre o massacre ocorrido na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), onde cinco estudantes e duas funcionárias foram mortas –além de um empresário, momentos antes do atentado– pelos atiradores Guilherme Tauci Monteiro, 17, e Luiz Henrique de Castro, 25. Outras 11 pessoas ficaram feridas a tiros e golpes de machadinha.

Conforme passaram as horas, foram surgindo mais detalhes sobre a barbárie e os responsáveis pelo crime, vizinhos de longa data e que compartilhavam o gosto por jogos virtuais de tiro –tanto em computadores próprios como em uma lan house na região em que viviam, onde eram frequentadores assíduos e conhecidos por participarem de disputas gritando e xingando outros jogadores. Além disso, a mãe de Guilherme veio a público expor o fato de que o filho era vítima de bullying, que inclusive o havia feito desistir de frequentar a mesma escola.

Curiosamente, porém, familiares dos garotos negaram haver um comportamento violento em ambos. “Quando o bullying é prolongado, a criança guarda só para ela e isso pode explodir em alguma atitude. Mas não é que seja o comportamento natural da criança: é que, desde cedo, ela não sente culpa, não se comove, não tem empatia frente a dor, não consegue demonstrar o mínimo de respeito”, afirmou a psicóloga Shirley Gurgel, nesta quinta-feira (14), em entrevista ao Bom Dia Campo Grande.

A entrevistada foi convidada a falar à Educativa 104.7 FM sobre alguns dos pontos que vêm sendo levantados a respeito do comportamento dos atiradores, diante de dúvidas surgidas na sociedade a respeito daquilo que teria motivado os crimes. Ela ponderou, por exemplo, que o “limite” para comportamentos violentos deve ser cultivado desde cedo, uma vez que mesmo adultos se veem, muitas vezes, em situações emocionais extremas, nas quais têm de se controlar.

“É preciso acolher, dar um limite. Mas cada caso é um caso. Há graus de psicopatia e sociopatia, uma questão cultural maior nas escolas ou mesmo dentro da gente: a todo o momento há quem tenha de estar se policiando”, afirmou. Shirley, que chamou a atenção para o fato de que um dos autores do ataque foi ao local levando uma besta e uma machadinha, itens comuns em jogos eletrônicos, mas que também denotam, na sua avaliação, um certo comportamento “primitivo”. Além dessas armas, eles também tinham um revólver calibre .38.

“Mas é importante dizer que não é o jogo quem define (o comportamento violento). A pessoa já traz dentro de si um histórico, uma tendência social ou conduta psicopata”, ponderou. “Todos nós carregamos essa ‘besta’, mas aí está a diferença: algumas crianças conseguem um processo de civilidade e outras, não. É o ponto X da questão: por que não conseguiu? Ele foi criado em um meio adoecedor ou tem uma carga genética”, prosseguiu.

Após cometerem os assassinatos, os dois autores foram cercados pela polícia. Um deles, usando a arma de fogo, matou o companheiro e depois se suicidou.

Nesta quinta-feira, Suzano se prepara para as despedidas das vítimas do atentado e para o velório coletivo, marcado para a Arena Suzano (no parque Max Feffer). Após os ataques, educadores do município vão se reunir para definir ações a serem tomadas com os 26 mil alunos da rede pública do município, a fim de combater a violência e assédio. Equipes de psicólogos foram mobilizadas para apoiar o trabalho, ao lado de assistentes sociais, psiquiatras, enfermeiros e terapeutas ocupacionais.

Sintonize – Com produção de Lívia Machado e Rose Rodrigues e apresentação de Maristela Cantadori e Anderson Barão, o Bom Dia Campo Grande traz informações para você começar o seu dia sempre bem informado, por meio de um noticiário completo e entrevistas sobre temas variados. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h, na Educativa 104.7 FM, podendo ser acompanhado também pelo Portal da Educativa.

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