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25 de abril de 2024 - 02:33

Maior zebra da história recente de Portugal tem presidente brasileiro

Luiz Carlos Andrade, que foi goleiro na base da Ponte, com a Taça de Portugal (Arquivo pessoal)

“Nunca pensamos em título”. A frase é de Luiz Carlos Andrade, presidente do Desportivo das Aves, uma das maiores zebras da história do futebol português. O brasileiro de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, comprou o pequenino clube de Vila das Aves, no norte de Portugal, em julho de 2016, quando dívidas poderiam decretar a falência do então integrante da segunda divisão. Dois anos depois, na elite portuguesa, o Aves acaba de se tornar campeão da Taça de Portugal ao bater o poderoso Sporting – vitória por 2 a 1, neste domingo. A seguir, uma entrevista exclusiva com Luiz Carlos, hoje com 48 anos, que chegou a jogar como goleiro na base da Ponte Preta, na década de 1980.

BLOG: Qual a sensação de ganhar a Taça de Portugal em cima de um gigante como o Sporting?
LUIZ CARLOS ANDRADE: É uma sensação única, de quem fez história. Pegamos o Aves na 2ª divisão e o colocamos na 1ª em um ano. Aí, quebramos um tabu: o Aves havia jogado na elite três vezes e em todas foi rebaixado. Além de manter o time na 1ª, ainda fomos campeões da Taça de Portugal. É muita alegria.

Qual a diferença no investimento do Aves em relação ao Sporting?
Investimos 6 milhões de euros (R$ 26 milhões). Já o orçamento do Sporting é mais ou menos 20 vezes maior. A diferença é exorbitante. E olha que nós estamos entre os pequenos que mais investem em Portugal.

Você achava que poderia ser campeão com o Aves?
Nunca pensamos em título. Um clube pequeno em Portugal nunca pensa em título, porque os pequenos nunca ganham. Isso é quase impossível. Só para você ter uma ideia, a história do futebol português, somos apenas o 13º clube a ganhar um título. E nessa conta também estão os três grandes (Porto, Sporting e Benfica). Então, é histórico… mas aconteceu.

E o que o título muda no dia a dia?
Já havia mudado antes mesmo da conquista, quando chegamos na final. A repercussão tem sido tremenda e mudou o norte de Portugal. Eramos conhecidos por causa de Santo Tirso. Agora, o próprio prefeito da cidade disse que a região será conhecida por causa da Vila das Aves, graças ao Desportivo das Aves. Estou muito feliz de mostrar que temos condição de fazer algo por esse povo que tanto gosta do clube.

Por que decidiu ser dono de um time em Portugal e não no Brasil?
Porque cresci em Portugal, joguei parte da minha carreira como atleta e encerrei a carreira de goleiro aqui, virando depois empresário… tudo em Portugal. Estou no país há 32 anos, então, seria natural que comprasse um clube daqui.

Após dois anos de investimento, já recuperou seu dinheiro?
Não, não. Até agora, só investi. Quem sabe o recupero a partir de agora, com o interesse de vários clubes em três jogadores nossos.

Quem são?
Alexandre Guedes, Derley e Hamilton. O Alexandre, que fez os dois gols da final, é jovem, tem só 23 anos, defendeu a seleção portuguesa sub-19… Três clubes já fizeram proposta por ele. Já os brasileiros Derley e Amilton também são alvo de ofertas oficiais.

Seu time tinha dez brasileiros nesta temporada. Pensa em buscar mais gente daqui?
Vou me sentar com o treinador (José Mota) para ver o plantel nos próximos dias. Hoje, estamos com 26 atletas e a ideia é manter a base. A tendência é que troquemos até seis, mas a palavra final sobre os reforços virá do nosso comandante.

Como imagina que o Aves estará em cinco anos?
Caso o projeto que estabelecemos siga à risca, seremos um clube muito estável, sólido na primeira divisão, sem qualquer problema financeiro. A ideia é entrar para disputar o quarto lugar do Campeonato Português. Acima disso, já é algo irreal.

FONTE: esportes.yahoo.com

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