Depois de aparecerem diversas vezes no programa, chegou a hora do “Tá na Rua” abordar o trabalho e a dedicação dos instrutores de trânsito.
O episódio desta quarta (16) parabeniza esses profissionais e celebra sua importância, funções, dificuldades e o amor que os trabalhadores tem pela formação de bons condutores na Capital.
Especialistas em legislação de trânsito, habilitados e formados para dar aulas teóricas e práticas, os intrutores são parte primordial da construção de um trânsito mais seguro.
Ensinar, treinar e instruir são as responsabilidades dos instrutores que capacitam a população para dirigir diversos veículos e manter o trânsito mais seguro. Rosangela Ferreira é uma dessas profissionais. Instrutora de caminhão, ela e mais uma colega são as duas únicas mulheres a exercerem na Capital essa função, que costuma ser comandada por homens.
“É fácil, se tornar instrutor é fácil. É só vir ao Detran e fazer o curso. É uma profissão muito bem vista”, conta a profissional que afirma já ter ouvido de alunos e alunas interesse em seguir na área.
João Prado Lima é instrutor de carros e afirma que para formar bons motoristas é necessário que as vias sejam melhor sinalizadas e trabalhadas. Assim, o que se aprende durante as aulas fica em evidência na hora de partir para o trânsito real.
Ele destaca ainda a importância de mais campanhas de consciêntização nos meios de massa, para informar melhor motoristas e pedestres.
Ana Rosa de Menezes, também instrutora, apesar de apaixonada pelo que faz, acredita que ainda falta um pouco de valorização da profissão.
“A gente tem que ensinar, tem que cobrar, tem que cuidar os outros, e acho que todo mundo devia valorizar isso aqui. Nós tinhamos que ser vistos com mais atenção e carinho”.
A instrutora explica que tem sido mais rígida com suas aulas, para ensinar os alunos à dirigirem de forma segura quando finalizarem o curso.
Formação
Em Campo Grande o curso de formação de instrutores é oferecido semestralmente, com uma carga horária de 203 horas e aulas voltadas à parte pedagógica, prática e também um estágio.
Emerson Diogo, gerente de cursos e capacitação, conta que para participar da formação é necessário ter a partir de 21 anos, pelo menos 2 anos de habilitação e ensino médio completo. Ele ainda afirma que o curso é ofertado na Capital com 50 vagas em cada turma.
Em fevereiro há previsão de uma nova turma prevista em Dourados, para suprir as demandas do Sul do Estado.
O instrutor também pode atuar em outras áreas além dos Centros de Formação de Condutores por meio de cursos especializados, como as Forças Armadas, que permitem atuação dentro dos quarteis. Márcio Vinícius é instrutor de cursos especializados. Após investir bastante em sua carreira, hoje atua ensinando outros profissionais no setor de veículos de emergência.
“Nós, profissionais do trânsito, fazemos a diferença em nossa área de atuação. Nós levantamos muito cedo para trabalhar e fazer a diferença”, comenta o instrutor a respeito da importância de seu trabalho.
Assim como Márcio, os instrutores enxergam que o trânsito é formado por pessoas que pensam diferente, e por isso é importante ensinar empatia, desde a primeira habilitação, ou seja, a capacidade do motorista de fazer a diferença no trânsito.
Confira o programa desta semana:
Tá na Rua
O programa apresentado pelo bolsista João Vitor Marques e pela jornalista Priscila Trauer tem a missão de levar informação, conscientização e promover a educação no trânsito. Vai ao ar no canal 4.1 toda quarta-feira, às 21h30, com reexibição aos sábados, às 13h15 e pode ser assistido também no canal do YouTube da Rede E.
É uma parceria entre a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (Fapec), a Fundação Estadual Jornalista Luiz Chagas de Rádio e TV Educativa (Fertel), e o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS).
Com reportagem de Theoangelo Miguel
