A população de Cervos do Pantanal, que vive nas áreas úmidas da Bacia do Rio Paraná, está diminuindo, principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. É o que aponta uma pesquisa da Embrapa.
O estudo indica que há um declínio substancial na população destes animais. Em 2002, na região de várzeas do rio Paraná – onde estão o Parque Nacional de Ilha Grande e o Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, no Mato Grosso do Sul – a população foi estimada em 1.550. No levantamento de 2019, as estimativas mostraram que restam menos de 700 animais.
Pouco mais de 100 indivíduos foram identificados nas áreas úmidas nas proximidades do Parque Nacional das Emas (GO/MS) e da cidade de Chapadão do Céu (GO) e pouquíssimos cervos ainda resistem espalhados nas pequenas áreas úmidas do leste e sul do Mato Grosso do Sul.
O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Walfrido Morais, explica que a redução de áreas alagadas e úmidas pode estar dificultando a sobrevivência da espécie. A perspectiva para a conservação da espécie é ruim, e a restauração das áreas úmidas modificadas por ação humana pode ser uma saída para minimizar esses problemas.
Confira as informações com a repórter Maristela Cantadori
- Hoje a maior população de cervos encontra-se no Pantanal. Mas a dependência de áreas úmidas torna essa espécie vulnerável a qualquer alteração do no regime hidrológico, como a extensão e a duração do período de cheia, bem como a extensão e a duração do que resta de áreas ainda úmidas na estação de seca.