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19 de abril de 2024 - 18:27

“Lápide inconclusa em quarta-feira de cinzas” leva público a decidir desfecho da trama

Rapsodomancia, a palavra parece estranha, mas é uma técnica dramatúrgica utilizada no espetáculo “Lápide inconclusa em quarta-feira de cinzas” da Cia Fulano Di Tal apresentada na quarta-feira (24) a noite em duas sessões no espaço do Teatral Grupo de Risco.

A peça fala da construção e da desconstrução do amor em suas mais variadas vertentes, seja ele familiar ou afetivo. Pierrot  e Josephine personagens principais da trama, tendo Pierrot dois atores interpretando o mesmo personagem que interagiam entre si,  ora divagaram sobre a própria existência e da relação com a morte e a solidão que afeta diretamente as pessoas num sentimento que difere dos demais. A trilha sonora que acompanha as cenas é um aparte do espetáculo que inclui os Beatles e alguns ícones da Música Popular Brasileira.

Rapsodomancia é uma estética de teatro contemporâneo onde o dramaturgo junta fragmentos de obras já existentes, não sendo um trabalho autoral, mas inédito. Uma das características é a questão cíclica que da maneira que é iniciada volta para o começo, explica o autor Manolo Schittcowysck, “no caso da Lápide há literatura nacional e estrangeira”. Manolo começou a escrever a peça em 2006 e terminou em 2013, onde a inscreveu na 3ª edição do Concurso Jovem Dramaturgo da Escola do SESC do RJ. Foi a primeira participação de MS e o autor ficou entre os dez finalistas.

Deixar o público decidir a história é considerado pelo diretor do espetáculo Marcelo Leite um dos pontos altos da trama. Leite ainda enfatiza a continuidade da Mostra, “é importante a Fundação de Cultura manter o projeto pois é um dos poucos que ainda funciona e que a gente tem certeza que todo ano irá acontecer”.

Os amigos e estudantes de artes cênicas da UEMS (Universidade Estadual de MS), Luara Dantas, 22, Vinícius Vanderlei, 23, Paulo Henrique, 18, e Luan Barbosa, 28, foram unânimes em dizer que a peça lhes causou diferentes interpretações para cada um e que o Boca de Cena é uma Mostra que traz oportunidade e acesso de cultura à população. “É importante porque traz várias peças do interior para Campo Grande, bem como oficinas, e o mais importante, é de graça e os atores recebem recursos financeiros para a realização das peças, há o reconhecimento dos artistas”, diz Luana.

Já para Luan quando as peças são de fora e não recebem incentivo, acabam tendo que cobrar um valor a mais no ingresso o que afasta o público. Vinicius disse estar satisfeito em ter assistido o espetáculo e com o curso de artes e cênicas, “é uma arte que gente reproduz tudo aquilo que a gente é”.

Para Marcelo Flecha, diretor da Pequena Companhia de Teatro de São Luis/MA,  que está em Campo Grande participando do Boca de Cena, prestigiou o espetáculo e disse que é fundamental essa iniciativa do Boca de Cena quando se verifica uma ação na contramão em outros estados, “porque o que a gente vê é o desmonte, o sucateamento da Cultura, e essa disponibilidade aqui em Mato Grosso do Sul é uma luz que nos surpreende”, evidencia Flecha.

Flecha ainda destacou outros pontos importantes que a Mostra proporciona como o espaço para a reflexão proporcionado pelo Seminário que aconteceu durante o Boca de Cena.  “Até para fazer resistência, onde se celebram os acertos e se reconhece aquilo que pode melhorar”. Também falou da oportunidade de outros estados e países participarem do evento, “só expande o alcance e a repercussão que a Mostra tem e a cada ano vai abrindo mais o número de iniciativas”. E ainda das oficinas, que para ele é um diálogo importante que se estabelece, pois, o intercâmbio de ideias e procedimentos viabiliza que a classe artística tenha acesso a trabalhos de outros estados.

Fonte: Portal do MS

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