Foi lançado no dia 8 o programa Capacitação 4.0, do Ministério da Educação, resultado de uma parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que pretende oferecer aos estudantes capacitação em habilidades socioemocionais e tecnológicas, preparando-os para os desafios e demandas da nova realidade profissional.
Por meio de contrato de gestão com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e com o MEC, a Embrappi tem como proposta realizar a ponte entre a academia e a indústria nacional, a partir de uma rede de inovação de pesquisas de excelência, chamadas unidades Embrappi, que atuam por meio de projetos com empresas.
A perspectiva é dez mil alunos sejam beneficiados e preparados em cinco anos.
De acordo com o ministro de Educação, Milton Ribeiro, o programa de Capacitação 4.0 vai preparar os estudantes e os profissionais de futuro, capazes de se adaptar e mudar conforme também mudam os seus contextos, principalmente em uma época de transformações em progressão geométrica.
“Além de serem capacitados, terão contato com pessoas, situações, dramas, com as lutas na execução de suas profissões, algo que a escola é incapaz de fornecer e na Embrapii isso será possível de uma maneira muito prática. Estou muito feliz em oferecer à sociedade brasileira essa iniciativa, para que possamos capacitar nossos alunos com o que há de mais moderno”, afirma.
O secretário de educação profissional e tecnológica, Wandemberg Venceslau dos Santos, destacou a demanda por capacidade de inovação, liderança e autoconhecimento.
“Não basta apenas ir para a sala, ouvir e entender, o estudante tem de saber onde buscar o aprendizado, encontrar soluções para os problemas”, diz.
A meta é que pelo menos 30% das universidades brasileiras estejam inseridas no programa até o próximo ano, segundo o secretário de Educação Superior, Wagner Vilas Boas. “Essa é uma ação que vai contribuir muito para o desenvolvimento da indústria de nosso país”, completa.
A Embrapii, segundo seu presidente, professor Jorge Guimarães, tem como proposta propiciar a formação de pessoal mais qualificado para a atividades tecnológicas.
“O modelo oferece aos estudantes a oportunidade de trabalhar nos projetos que a unidades Embrapii estão desenvolvendo com as empresas. Centenas de jovens se beneficiaram dessa realidade e, por isso, queremos ampliar para outras instituições”.
Paula Pimenta – UFMS
