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24 de abril de 2024 - 03:48

Jornal do Rádio: Suicídio é carregado de mitos e deve ser levado a sério, diz professor

Dia do Policial Civil em MS também esteve em pauta

 

Na manhã desta quinta-feira (29), Lívia Machado e Anderson Barão estiveram ao vivo no Jornal do Rádio e levaram as principais informações do começo do dia. Na entrevista do dia, o professor Edilson dos Reis conversou com os apresentadores sobre suicídio, tema tratado como tabu e que carrega mitos criados ao longo do tempo pela sociedade.

De acordo com o professor, indivíduos que cometem suicídio passam por um processo de vergonha social e não encontram espaço para recorrer, para servir como uma “válvula de escape”. “Uma dor não compartilhada dói mais. As pessoas querem ser ouvidas, e não julgadas. Buscam esperança”, explica Edilson. Com uma sociedade mais acessível, defende Reis, as pessoas poderiam buscar esse diálogo, procurar ajuda de um profissional e seguir firme no tratamento.

O índice de suicídio entre os adolescentes tem aumentado. Isso se deve, diz Edilson, ao fato de os jovens não conseguirem lidar com as frustrações. “Muitas trocam o ser pelo ter. Não sabem lidar diante do não. São inconsequentes”, diz. Postagens com mensagens negativas nas redes sociais podem indicar uma tendência ao suicídio, funcionando como válvula de escape. Em contrapartida, muitos pais nem sabem da condição de depressão – que é comum em quem pensa ou comete suicídio.

Em Mato Grosso do Sul, o suicídio tem taxas elevadas entre crianças e adolescentes, mesmo com boa parte dos casos sequer serem registrados como tal.  “Os Centros de Atenção Psico-Social (Caps) não funcionam 24 horas por dia e os centros infantis sequer atendem no fim de semana. Temos um déficit no atendimento primário, há fila de espera de 4 mil pessoas para tratamento psicológico. Os profissionais hoje fazem milagre”, pontua o professor.

“Se você tem uma dor, compartilhe. Converse com seus pais, amigos, pastor, padre, líder espírita, qualquer pessoa, mas compartilhe. Uma dor não compartilhada sempre dói mais”, falou Edilson. Ele destacou que Mato Grosso do Sul abriga o primeiro curso de prevenção ao suicídio (na UFMS) e que a sociedade tem demandado palestras e informação dos profissionais.

O professor disse que as pessoas podem procurar as organizações da sociedade civil (igrejas, escolas, Grupo Amor e Vida pelo 141 (antigo CVV)) e os Caps dos municípios.

Dia do Policial Civil

Comemorado hoje (29), o dia do Policial Civil é lembrado desde 2013 em Mato Grosso do Sul e é um momento de reflexão sobre os caminhos da profissão. O presidente do sindicato dos policiais civis de MS, Giancarlo Miranda, também participou do Jornal do Rádio e disse que a data é uma oportunidade, além de refletir, de “conscientização e valorização do nosso papel na sociedade”.

Durante a conversa com Lívia Machado e Anderson Barão, Giancarlo lembrou que os policiais civis têm “desafios constantes em decorrência do compromisso firmado com a sociedade em protegê-la”. Muitas vezes, diz ainda Miranda, o serviço não é lembrado nem valorizado.

Ao contrário do policial militar, cuja atividades é focada na prevenção dos crimes, o policial civil atua no pós-fato, investigando os eventuais crimes. É a partir desse trabalho que é possível condenar os culpados, tornando a sociedade mais justa. Ao contrário dos PM’s, ele não anda fardado, o que de certa forma, acredita Giancarlo, o torna mais próximo da sociedade.

“O orgulho do trabalho dos policiais civis está maior ultimamente. Antes existia a figura do profissional truculento e burocrático, imagem que vem mudando. O corpo de policiais civis está ficando mais jovem e capacitado, colaborando cada dia mais com a sociedade”, diz o presidente do sindicato.

 

Texto: Thiago Frison

 

 

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