O especialista defendeu a vacinação precoce, que garante maior proteção ao longo da vida
O Jornal do Rádio desta segunda-feira (24) trouxe o resumo do fim de semana e as principais informações do dia. Anderson Barão e Lívia Machado conversaram ao vivo com o pediatra Alberto Jorge sobre a inclusão de meninos no ciclo de vacinação do Sistema Único de Saúde contra o vírus HPV após decisão do Ministério da Saúde no começo de outubro.
Inicialmente serão vacinados os meninos com 12 e 13 anos. Até 2020 será disponibilizada vacina para o público masculino de 9 a 13 anos, grupo semelhante ao das meninas vacinadas pelo SUS. De acordo com o médico, o HPV é uma doença sexualmente transmissível prevalente e que atinge um número muito grande de pessoas, independente de faixa socioeconômica. “Daí a necessidade de uma prevenção por uma vacina, todos estão sujeitos à infecção”, disse Jorge.
“Os sintomas mais comuns são câncer de pele e verrugas genitais. A vacinação precoce é muito importante, pois quanto mais tempo antes do início da atividade sexual, mais longa é a proteção ao longo do tempo”, explicou o pediatra. A vacinação deve ser feita antes do início da vida sexual da pessoa, caso contrário, uma exposição pode colocar o indivíduo em risco.
Há a possibilidade, afirma o médico, de o vírus não se manifestar nos infectados, mas a transmissão ocorre da mesma maneira. “Algumas vezes a pessoa não sabe que está infectada pelo vírus. A visita ao médico é essencial, que vai solicitar exames clínicos e patológicos e analisar os resultados. O HPV, se detectado no estágio inicial, tem cura”, afirmou Alberto.
Na rede particular a vacina também está disponível. As famílias que querem vacinar meninos fora do público que será atendido pelo SUS no ano que vem podem procurar esses estabelecimentos.
A quem procurar?
Já é hábito das famílias brasileiras levar as meninas ao ginecologista no início da adolescência. Os meninos, ao contrário, raramente recebem tal tratamento e visitam um especialista antes de iniciar a vida sexual.
Alberto Jorge disse que, no caso dos meninos, é essencial a visita a um médico, que não necessariamente seja o urologista. “Na verdade, o pediatra é competente para fazer esse atendimento, orientar quanto às vacinas e à vida sexual”.
Confira a entrevista na integra:
Thiago Frison
Foto capa: Agência Brasil