A velocidade em que a humanidade caminha com tantas evoluções assusta e traz alerta. O homem primitivo, que caçava e pescava manualmente, hoje tem ferramentas extraordinárias que realizam tarefas de formas rápidas, simples e eficientes, a industrialização de tudo. A urgência não é mais somente para subsistência, mas para obter riquezas, bens de consumo, status, poder e outras “necessidades” que o mundo capitalista introduz de uma forma sutil por meio da comunicação.
Com isso, as pessoas deixaram que fazer o que antes era comum e com o passar dos anos a sociedade se tornou refém dos prazeres e dos dessabores, são tantos exemplos de neuroses, excesso de trabalho, pouco tempo para o lazer, consumismo exagerado, falta de atividade física, muito tempo de tela, relacionamentos líquidos, e muitos outros hábitos que com o tempo as pessoas se tornaram ansiosas, estressadas, depressivas e doentes.
O Brasil está entre os países com maior diagnóstico de pessoas com transtorno de ansiedade. E desde 2014, no país, primeiro mês do ano, janeiro é dedicado à conscientização aos cuidados com a saúde mental, quebrando tabus e mostrando a importância de estar em dia e equilibrado com o cérebro.
O “Janeiro Branco” nos faz repensar as prioridades, período de um novo ano que se inicia, uma espécie de portal entre ciclos que se fecham e outros que se abrem nas vidas das pessoas. Esse 2025 inspira as pessoas a fazerem reflexões acerca da vida, das relações, dos sentidos que dão às coisas e às pessoas, dos passados que viveram e dos objetivos que desejam alcançar neste novo ano.
O branco foi escolhido simbolicamente para representar “folhas ou telas em branco”, para ser projetado algo novo, escrever ou desenhar expectativas, desejos, histórias ou mudanças com as quais cada indivíduo sonha e às quais deseja concretizar.
De nada adianta uma reflexão sem ação, é necessário ter atitudes simples que ao longo do tempo trarão inúmeros benefícios. Dentre eles, estabelecer metas alcançáveis nesse novo ano e ciclo que se inicia, não se cobrar tanto se algo não sair como planejado, se permitir errar, cuidados com a saúde física (praticar atividade física), manter os relacionamentos com os amigos, ter momentos de lazer e relaxamento, cuidar da alimentação, dormir bem, descanso, buscar auxílio por meio da fé com ajuda das religiões.
Em entrevista ao Jornal da Educativa, o psicólogo Everton Stringhete, fala sobre a importância da saúde mental. “ Quando a gente fala de saúde mental, estamos falando que é um aspecto da saúde multideterminada, a gente tem de pensar no equilíbrio das nossas vidas em diversos aspectos, como estou interiormente, como estão as minhas relações, o trabalho, e o que eu posso fazer para melhorar”.
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