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18 de abril de 2024 - 23:24

HRMS 20 anos: Nefrologia atende pacientes de todo MS e disponibiliza diálise em domicílio

O serviço que trata a linha renal (rins) dentro do Hospital Regional Rosa Pedrossian (HRMS) é a área de nefrologia. Por meio dela são oferecidas sessões dialíticas – hemodiálise e diálise peritoneal domiciliar – e ambulatório. Desde 2004 a nefrologia é oferecida na instituição que atualmente atende 45 pacientes crônicos e agudos.

Conforme a gerente do serviço de nefrologia, enfermeira Regina Terra, 40 anos, o objetivo da diálise é substituir a função do rim que o paciente não tem mais. Para chegar nesse ponto tem que estar funcionamento mais ou menos 10% do rim apenas, em risco de vida mesmo. Então, a máquina substitui o rim e faz a função dele através de método que se utiliza: pode ser hemodiálise, quando filtra o sangue e devolve para o paciente ou peritoneal, que é de forma indireta, através de uma membrana, que reveste nossos órgãos abdominais, que chama peritônio; ambas filtram e limpam o sangue dando mais qualidade de vida aos pacientes”.

De acordo com a gerente do serviço de nefrologia, enfermeira Regina Terra, o objetivo da diálise é substituir a função do rim que o paciente não tem mais.

O serviço de atendimento domiciliar da nefrologia é próprio. Por meio dele é oferecida a diálise peritoneal. O paciente inserido recebe um treinamento para ele e a família. Mesmo assim tem consulta uma vez por mês, com coleta de exame, visita do auxiliar de enfermagem que checa como está o material, se a técnica está sendo bem aplicada, se este tendo dúvidas ou mesmo se apresentou algum problema que ainda não apresentou nas consultas. Em caso de necessidade, o profissional encaminha o paciente domiciliar para o hospital.

“Essa ação é importante porque o paciente desvincula da sensação e doença. O paciente da hemodiálise tem que vir três vezes por semana para tratamento com hora reservada, sempre convive com pacientes doentes e, muitas vezes, fica com a sensação de sempre estar doente. Quando ele faz a diálise em domicilio e vem na consulta somente uma vez por mês, notamos que ele fica melhor”, pondera a gerente.

Por ser uma instituição hospitalar, o HRMS trata mais pacientes agudos, mas oscilam com os crônicos em torno de 45 por mês. “Os pacientes agudos são aqueles que não tem lesão crônica no rim, mas por algum motivo foi comprometido, seja por uma infecção, ou uma cardiopatia descompensada, uma litíase. É aquele que está com problema que precisa ser solucionado e, enquanto, isso está em tratamento, ou seja, está com problema renal, precisa dialisar, mas tem a possibilidade de recuperar”, explica.

Equipe do setor de Nefrologia em mais um dia de atendimento. Atualmente, o setor conta com nove médicos e 24 enfermeiros.

No caso do tratamento dos pacientes crônicos ativos, a equipe procura dar os primeiros atendimentos e em transferir para uma clínica satélite. “Por conta do perfil dos nossos pacientes que são graves. Também para ter a vaga para os graves, além de desvincular esse paciente que tem condições de ter uma vida mais ativa com condições de estudar, trabalhar, com condições que ele tenha uma vida mais ativa. Os nossos pacientes são acamados, mais prostrados. Um paciente de clinica é diferente: é ativo, trabalha, estuda, viaja. Então, não tem lógica manter um paciente desse aqui no hospital”, relata.

Diálises

Os pacientes que necessitam de diálise fazem tratamentos diferenciados. Os da hemodiálise tem que vir ao hospital, pelo menos, três vezes por semana por quatro horas. Os da diálise domiciliar precisam fazer todos os dias, durante nove horas. “É mais puxado, mas nós trabalhamos com tecnologia e o equipamento funciona enquanto o paciente está dormindo”, conta.

Há diferenças ainda na independência da unidade hospitalar. Um paciente de hemodiálise, no final de ano, por exemplo, não pode viajar com a família a menos que consiga com antecedência uma clínica ou um serviço disponível. Já o paciente da diálise peritoneal leva  a máquina dele e faz o tratamento normalmente todos os dias.

Atualmente o setor conta com nove médicos e 24 enfermeiros. “O assunto principal relacionado à diálise é desmistificar que a necessidade dela representa o fim da vida. Temos muitos pacientes jovens e ativos que fazem o tratamento, temos pacientes que estão há mais de 20 anos fazendo diálise. Então, é preciso que a população saiba que ao receber um diagnóstico de que tem que dialisar não é o mesmo que uma doença terminal. São preciso adaptações, mas grande parte dos pacientes mantém uma vida ativa e com qualidade de vida”, reforça.

Médica nefrologista, Thais Maria Vendas Botero, destaca que a nefrologia no Regional é 100% SUS.

Entre as doenças que podem levar ao mal funcionamento dos rins estão diabetes, hipertensão, grandes queimados, infecções, mulheres com infecção urinaria de repetição, litíase, drogas nefrotóxicas (remédios errados), entre outros.

A médica nefrologista, Thais Maria Vendas Botero, destaca que a nefrologia no Regional é 100% SUS (Sistema Único de Saúde). “Temos residência médica com duas vagas por ano. Já formamos residentes que estão no mercado de trabalho. Atendemos hemodiálise, plantão interconsulta, pacientes internados para nefrologia, ambulatório. Nosso serviço é grande e atende muita gente. Em média temos cerca de 35 pacientes internados por dia”.

José Lúcio Teixeira, de 82 anos, diz que já se sente parte do HRMS.

De acordo com Thais, a principal causa da doença renal é a diabetes. “A doença renal crônica já é considerada uma epidemia mundial. Uma quantidade muito grande de pessoas trata. No Brasil deve ter em torno de 100 mil pacientes fazendo hemodiálise, menos de 10% recebem transplantes por ano, que são de cinco a seis mil por ano no País. É verdade que muitos pacientes não têm condições de transplantar porque tem outras patologias (doenças), mas dos que têm, assim mesmo, o número ainda é pequeno. Primeiro, por falta de doador e depois pela ausência de equipes”, explica.

Marcio Gregório da Silva, 67 anos, faz hemodiálise há quatro no HRMS.

O paciente da hemodiálise José Lúcio Teixeira, de 82 anos, afirma que já se sente da família no HRMS. “São seis anos de tratamento e venho três vezes por semana aqui. Tenho minha caminha, o pessoal cuida bem de mim, as enfermeiras, os médicos, se eu não chego no horário eles me controlam e me põe na linha. O pessoal fala mal do Hospital por ai porque não conhecem, mas para mim eles são da minha família. Aqui eu me sinto em casa”, diz.

Já Marcio Gregório da Silva, 67 anos, faz hemodiálise há quatro no HRMS. “Todo mundo aqui me cuida muito bem. Para falar bem a verdade devo minha vida aos cuidados deles. O tratamento é difícil, mas tem que fazer, né? Só tenho elogios para o pessoal daqui”, finaliza.

Texto e fotos: Diana Gaúna – Subsecretaria de Comunicação (Subcom)

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