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28 de março de 2024 - 16:56

HRMS 20 anos: Conheça o tratamento inédito de alta tecnologia que põe fim a internações

Um tratamento inédito no Brasil, que vem revolucionando atendimentos e gerando economia ao Hospital Regional Rosa Maria Pedrossian (HRMS). Esse é o ambulatório de feridas. Atendendo uma média de 30 pacientes por dia, o setor foi lançado em 2015, no início da gestão do governador Reinaldo Azambuja e do diretor-presidente do HRMS, Justiniano Vavas. Conta com investimentos importantes do Governo do Estado e disponibiliza gratuitamente aos pacientes curativos de alta tecnologia, além de promover uma economia gigantesca na redução dos custos de internação.

À frente do setor, a enfermeira Juliana Corrente da Silva, conta que o ambulatório de feriadas possuía a autorização, mas não havia profissionais para concretizar o sonho. “Trabalho com curativos há 12 anos. Desde que me formei venho pesquisando sobre o assunto. Quando vim para o ambulatório do HR fiquei sabendo que era para ter um ambulatório de feridas, mas que não estava funcionando. Foi aí que me interessei. Corremos atrás do protocolo, de cursos, custos. Descobri que o SUS [Sistema Único de Saúde] pagava R$ 32 por curativo e que tinha produto padronizado. Começamos a correlacionar os dados, conversamos com o diretor clínico e ele acreditou na nossa iniciativa. Assim demos início ao trabalho”, relata.

Juliana conta que os estudos sobre redução de custos foram determinantes para a instalação do ambulatório de feridas. Isso porque os curativos de alta tecnologia custam, em média, três vezes menos que manter o paciente internado no hospital.

“Não houve aumento nos custos, apenas mudou a clínica. Nós já entramos com a medicação para não desenvolver lesões e os que chegam com as lesões são tratados e recebem a cura por aqui. Para você ter uma ideia, nosso setor já curou lesões de 30 anos. Antes mulheres com deiscência (abertura espontânea de suturas cirúrgicas) de pós-parto ficavam internadas três meses na maternidade. Hoje isso não existe mais. Temos a comissão de curativos do hospital, a gente discute casos, discute com os médicos. Economizamos, inclusive, com o uso de antibióticos porque temos curativos de alta complexidade mundial, padronizado aqui no Hospital Regional. O que se gastava no tratamento agora se investe em prevenção”, destaca.

Alta tecnologia e a desospitalização

Entre as principais vantagens do tratamento com curativos de alta tecnologia está a redução de custos e a desospitalização de pacientes. Dados do HRMS revelam que um paciente internado tem custo médio geral diário de 701,52. Se internado em uma UTI custa R$ 1.269,82/dia; internação cirúrgica R$ 634,70/dia; internação clínica R$ 542,20/dia; internação oncológica R$ 359,36/dia.

De acordo com a enfermeira Juliana, um acidente ofídico (picada de serpentes peçonhentas), por exemplo, tem custo estimado de internação para tratamento, por um período médio de 20 dias, avaliado em R$ 12.694,00. Com o tratamento por curativos o valor reduz para R$ 1.960,40, no período de 45 dias, o que representa uma economia de R$ 10.733,60.

“O tratamento de uma deiscência cirúrgica – que é quando abre os pontos de uma cirurgia – tem custo estimado hoje de internação de R$ 28.561,50, por um período de 45 dias. O custo com curativos fica em R$ 3.847,01 e o tratamento dura 59 dias. A economia é de R$ 15.193,99. A Síndrome de Fournier custa para o SUS, uma internação de 60 dias, R$ 38.082,00. Fazendo o tratamento com a nossa equipe, esse valor cai para R$ 4.666, em 75 dias. A economia é de R$ 32.465,39. Podemos citar ainda pacientes de pé diabético: o custo de internação por 60 dias é de R$ 38.082,00. Com curativos o tratamento fica em R$ 1.716,72 em 116 dias, gerando uma economia de R$ 33.989,28. Então, vale muito a pena”, explica.

Trabalho inédito

O HRMS já é referência nacional em tratamento de feridas. Juliana Corrente diz que aliado à economia, os índices de cura são de quase 100%. “Não existe no País o trabalho que nós fazemos aqui, é inédito. Eu participo de um fórum nacional com 30 enfermeiros e eles ficaram encantados com as técnicas que utilizamos no nosso ambulatório. No começo deste ano o serviço cresceu consideravelmente. Conseguimos um médico para integrar nossa equipe. Várias empresas nacionais e internacionais começaram a oferecer produtos. Estamos testando agora uma nova terapia a vácuo que se der certo vamos padronizar. Então, temos muito orgulho do trabalho que desenvolvemos”, afirma.

O ambulatório de feriadas atende em média 30 pacientes por dia ou 900 por mês. O hospital conta com médicos em todas as especialidades: neurologia, vascular, pediatria, cirurgia plástica, entre outras. Para explicar como se dá o processo de cura com a desospitalização, Juliana dá como exemplo o tratamento de erisipela – doença infecciosa aguda, causada por estreptococos, caracterizada por uma inflamação da pele.

“Hoje esse tratamento não prevê que o paciente fique mais internado. Estabilizou o quadro clínico e hemodinâmico, nós fazemos o antibiótico e a terapia na própria desospitalização. O paciente faz o tratamento no ambulatório e vai embora para casa. Não fica muito tempo deitado, correndo risco de pegar uma infecção hospitalar. Vai para junto da família dele, tem curativo de alta tecnologia, protocolo de atendimento, consulta de enfermagem e médica, então, é um tratamento holístico e acima de tudo humanizado”, acrescenta.

O seo Djalma Alves Torres, 57 anos, realizou uma cirurgia oncológica para retirada de um tumor. Para ele o processo de desospitalização tem sido benéfico. “Passei por um problema de saúde muito sério. Minha cirurgia abriu e estou fazendo todo tratamento por aqui. A equipe tem sido muito solícita, estou sendo bem atendido e tenho expectativa de melhorar. Fiz todo o tratamento de câncer pelo Hospital Regional e estou confiando que tudo vai dar certo. Só de não ficar no hospital e poder ter o apoio de toda minha família já é uma vitória”, declara.

A médica e cirurgiã vascular, Samira Omais, tem diversos pacientes sendo tratados pelo ambulatório de curativos. “Sou apoiadora desse setor. Melhorou muito a desospitalização. Nós médicos, ficamos mais tranquilos sabendo que o paciente está sendo tratado por especialistas. Além disso, aqui a gente sempre está pertinho, conversando, damos apoio sobre os tipos de ferida, como tratar”, pontua.

A técnica de enfermagem, Maria Missilene de Lima, explica que o paciente quando vai fazer o curativo já tem programado todo o tratamento e inclusive os custos do atendimento. “No gerenciamento de sala nós encaixamos o paciente na lista. Um dia antes imprimimos a relação dos pacientes que serão atendidos para poder solicitar os insumos e fazer os relatórios de atendimentos. A partir do momento em que entra na sala, o paciente já sabe quando tem retorno, se precisa regular insulina por exemplo em uma unidade de saúde, se tem consulta médica. Tem paciente que chega desestabilizado, glicemia alta, pressão, enfim, não é só curativo. Temos visto muita coisa boa. Esse setor realmente vem mudando a vida de muita gente”, finaliza.

Diana Gaúna – Subsecretaria de Comunicação (Subcom)

Fotos: Edemir Rodrigues

FONTE: Portal do MS

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