A cultura popular é guardiã das informações sobre as plantas que podem ser utilizadas para aliviar o mal estar e até mesmo curar doenças. Pensando em preservar esses conhecimentos, a professora Maria do Carmo Vieira mantém, há 36 anos, o Horto de Plantas Medicinais da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
Junto com Néstor Antonio Heredia Zárate, ambos professores do curso de Agronomia, iniciaram uma área de cultivo de hortaliças em 1985, época do Centro Universitário de Dourados (CEUD), ligado à UFMS. A partir de 1988, Maria do Carmo decidiu incluir nessa área o cultivo de plantas medicinais, já que tinha interesse pelo assunto.
Para começar o projeto, ela contou com o apoio da comunidade douradense. As primeiras mudas de plantas foram doadas por amigos, que também ajudaram indicando raizeiros e outras pessoas que cultivavam plantas de uso medicinal. Maria do Carmo procurava essas pessoas para pedir doações de mudas e também para coletar informações sobre a forma como cada planta é usada.
As primeiras doações foram de plantas exóticas (ou seja, que não são nativas da região), como calêndula, camomila, manjericão (também chamado de alfavaca). Aos poucos, a atenção foi se voltando para as plantas medicinais da região como a guavira, marmelo do cerrado, ginseng, pimenta rosa, entre outros
Em mais de três décadas de trabalho com o cultivo de diferentes plantas medicinais, a professora veio consolidando ao seu redor uma rede de pesquisadores de diferentes áreas: Engenharia de Alimentos, Nutrição, Farmácia, Biologia, Agronomia, Zootecnia, Química, entre tantas outras. Trabalho que envolve também a comunidade, que pode conhecer o espaço e mesmo obter mudas capazes de melhorar o bem-estar e a saúde.
Entenda mais sobre o trabalho executado no Horto de Plantas Medicinais da UFGD na reportagem de Wellington Pael para Rede RIT e cedida para o Jornal da Educativa:
Com informaçòes da Comunicaçào da UFGD
Fotos: Acervo Secretaria de Estado de Educação