
Mato Grosso do Sul possui atualmente cerca de 180 mil pessoas cadastradas no banco de dados do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), e cerca de 85 sul-mato-grossenses já sentiram a emoção de poder salvar uma vida. Comprometido com a campanha, o Hemocentro Coordenador de Mato Grosso do Sul (Hemosul) está divulgando histórias de voluntários que passaram por essa experiência.
Uma delas é a da receptora Renata Pinheiro de Carvalho, e do doador Filemon de Carvalho, que emociona pelo desfecho. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) do Ministério da Saúde, as maiores chances de compatibilidade são entre irmãos, cerca de 25% a 30%. Já entre pais e filhos é pouco provável pois metade da carga genética é herdada de cada um. Há quatro anos ela foi diagnosticada com aplasia de medula óssea severa, e há um ano o amor entre pai e filha se fortaleceu ainda mais com a descoberta da compatibilidade e realização do transplante. “Essa é uma história feliz, mas nem todas são. Achar um doador compatível é muito difícil”, destaca Renata.
O cadastro
O cadastro é efetuado nos hemocentros de todo o país. Para o cadastramento, o doador deve apresentar um documento original de identidade e preencher um formulário com suas informações pessoais. Além disso, será necessária a coleta de uma amostra de sangue (5 ml) para testes de tipificação HLA – fundamental para a compatibilidade do transplante.
Feito o cadastro, ele permanecerá ativo até que o voluntário complete 60 anos de idade, podendo a qualquer tempo ser selecionado. Mas é importante manter esse cadastro atualizado, pois o banco de dados do Redome é integrado mundialmente. A atualização pode ser feita de duas maneiras, uma delas através do site do Redome, ou pelo e-mail medula@hemosul.ms.gov.br .
A medula óssea
A medula óssea é um tecido liquido-gelatinoso que ocupa as cavidades dos ossos. E é exatamente na medula óssea que são produzidos os componentes do nosso sangue como, leucócitos (glóbulos brancos), as hemácias (glóbulos vermelhos) e as plaquetas.
O transplante é indicado para pacientes com doenças como leucemias (originárias das células da medula óssea), linfomas, doenças do sistema imunológico, anemias graves (adquiridas ou congênitas), doenças dos gânglios e do baço, além de outras doenças menos comuns como doença do metabolismo, doenças autoimunes e vários tipos de tumor.
Mireli Obando, Subsecretaria de Comunicação de Mato Grosso do Sul
Foto: Saul Schramm