No ato de assinatura do Plano Estadual de Cultura, o governador Reinaldo Azambuja, acompanhado do secretário de Estado de Cultura e Cidadania Athayde Nery, do diretor-presidente da Fertel, jornalista Bosco Martins, do subsecretário de Cultura, Tomas Ramos Escrivano e do superintende do FIC, Ricardo Maia, destacou que o plano vai definir as políticas públicas culturais de MS e garantir direitos culturais, a proteção e a promoção do patrimônio e da diversidade cultural do Estado.
“Teóricos afirmam que, a cada R$ 1 investido em cultura, cerca de R$ 6 entram em circulação numa determinada região. Estima-se que cerca de 5% da população brasileira trabalhe, de alguma forma, com atividades culturais. O mais interessante é que a indústria cultura tende a ser mais democrática do que outras. Por isso nos orgulhamos de assinar o primeiro plano de cultura de MS, com certeza vai ajudar a alavancar o desenvolvimento cultural e social do Estado”, disse Reinaldo.
O vai plano reorganizar as políticas públicas ao definir os papeis dos gestores, servidores, produtores e a participação da sociedade de modo geral na construção de projetos e ações, além de garantir a aplicação contínua de recursos por meio de fundo específico e do uso dos equipamentos que já fazem parte da gestão estadual de cultura.
O diretor-presidente da TV-E Cultura, Martins destacou porque é tão importante investimos na área: “ Esse ato do governador Reinaldo e do Secretário Athayde é importante e histórico quando percebemos que parte da população ainda não compreende a importância do investimento na área porque, simplesmente, a desconhece. Cultura não é só os grandes eventos e shows. Cultura não é somente entretenimento. Mesmo que no Brasil não haja uma indústria cultural tão poderosa e rica como nos Estados Unidos (onde a indústria do cinema, por exemplo, só perde para a indústria das armas em volume de negócios), trata-se de um universo econômico por onde trafegam milhões de trabalhadores”.
Ainda segundo Martins, ‘são raros os que realmente ficam ricos trabalhando no meio cultural (são poucos, Luan e Michel Teló e pouquíssimos Almir Sater por aí), para ficar só nos nossos, mas existe uma gama gigante de profissionais que ganham de R$ 1.000 a R$ 5.000 nessa indústria. São artistas, produtores, iluminadores, cenógrafos, bilheteiros, montadores, seguranças… fora os trabalhadores indiretos: cozinheiros, ambulantes, donos de bares” finalizou o jornalista.
Segundo o secretário Athayde, o plano é resultado de 30 anos de discussões e Mato Grosso do Sul é um dos primeiros estados do país que assinou o sistema e plano estadual de cultura. “Apenas sete estados no Brasil possuem estes instrumentos que asseguram a cultura como política pública de estado e não apenas de governo. Com isso, Mato Grosso do Sul passa a ser um deles e a ter a garantia de que não haverá interrupção no progresso cultural; definindo seus conselhos, fóruns, planos, com uma constituição formada da cultura, isso é uma grande vitória”, afirma Athayde.
No Plano também ficam disciplinados os princípios básicos de proteção e defesa dos direitos culturais, a competência dos órgãos e as disposições gerais de gestão. Com isso a administração pública oferece à população uma garantia de continuidade de ações, projetos e de manutenção de equipamentos e unidades culturais. Também amplia o acesso à produção e fomento da cultura em todo o Estado, a inserção da cultura em modelos sustentáveis de desenvolvimento socioeconômico e o acompanhamento e avaliação das políticas culturais.
O secretário ainda ressaltou que o próximo passo é a construção destes mecanismos em cada um dos municípios do Estado. “Construiremos agora o Plano e o Sistema nas cidades do interior para que tenhamos todo o processo de pertencimento concluído”.
Com informações da FCMS