A Ferrovia Noroeste já significou progresso para Mato Grosso do Sul e foi motivo de comemoração e orgulho para quem fez parte dessa história. Hoje desativada, ela parece frágil e incapaz de carregar sobre seus trilhos, o desenvolvimento de um Estado. Mas isso pode mudar e o responsável pela mudança, vem do outro lado do mundo. A empresa chinesa CRCC (China Railway Construction Corporation Limited), que já tem investimentos em Maracaju, na região sul do Estado, tem demonstrado real interesse em reativar a ferrovia.
Para debater sobre o assunto, o diretor geral da empresa, Zhao Jiaping e representantes do China Export & Credit Insurance Corporation, participaram de uma reunião com o Conselho de Administração do Fórum de Governadores Brasil Central, em Bonito, nesta quinta-feira (18).
O secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, destacou a parceria com a empresa chinesa, dizendo que ela “tem se mostrado uma importante parceira em infraestrutura do Brasil”, e afirmando que caso a concessão da ferrovia, que hoje é da Rumos, vá para os chineses, provavelmente os investimentos nela sejam retomados. “Na cultura chinesa parcerias surgem com os relacionamentos e por isso estamos aqui, ainda discutindo projetos, mas que podem ser positivos para MS”, disse.
O presidente da estatal também reforçou o interesse da empresa em investir em Mato Grosso do Sul e na região centro-oeste. “Nós sabemos que o Brasil, na região central, tem uma necessidade muito grande de infraestrutura, ferroviária, rodoviária e também de transporte de mercadoria. Por isso estamos interessados e ficamos felizes em ser convidados e participar desse encontro”, explica.
Zhao Jiaping ainda acrescentou que a CRCC está aberta para diferentes tipos de negociações. “Estamos dispostos para PPPs (Parcerias Público-Privadas), ou concessões, ou mesmo outros modelos, ainda depende de vários projetos, mas estamos dispostos a atender as exigências do governo brasileiro”, finalizou.
O Conselho de Administração ainda debateu o Projeto de Integração e Promoção do Turismo do Brasil Central, que objetivam compartilhar ações e roteiros turísticos presentes em mais um estado. “Por exemplo, a rota Pantanal, que a gente tem MT e MS participando ativamente. Então são rotas que a gente pode trabalhar conjuntamente, visando o melhor aproveitamento do roteiro”, disse o secretário da Sectei (Secretaria de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação) Rentato Roscal.
