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18 de abril de 2024 - 13:39

Festival América do Sul Pantanal presta tributo ao escritor e poeta Hélio Serejo

Autor de mais de mais de 60 obras, entre contos e poesias, Hélio Serejo foi um verdadeiro historiador da cultura, atento observador dos costumes e tradições

Campo Grande (MS) – Escritor, poeta, jornalista, memorialista. Variedade extensa de obras criadas a partir do olhar sensível sobre a cultura brasileira. Esta é a marca de Hélio Serejo, um dos homenageados da 15ª edição do Festival América do Sul Pantanal, que acontece de 14 a 17 de novembro em Corumbá e Ladário.

Nascido em Nioaque em 1º de junho de 1912, Hélio Serejo passou a infância em Ponta Porã, onde iniciou os estudos. Com 14 anos de idade, na fazenda do pai, começou a trabalhar na lida da erva-mate nativa. Anotava tudo o que acontecia na cultura fronteiriça. Começou a escrever artigos sobre o assunto para a Folha do Povo e aos 15 anos manda textos para revistas do Rio de Janeiro, ganhando o concurso “Paisagens do Brasil” Seus 64 cadernos de anotações deram o embasamento para grande parte de sua obra.

Aos 17 anos serviu 3º Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha no Rio de Janeiro e matricula-se no Pritaneu Militar no Rio de Janeiro – estabelecimento que deu origem ao Colégio Militar – para ser Engenheiro e construir pontes, seu maior sonho. Porém mantém o hábito da observação e da escrita: vence o concurso “Poetas Militares do Brasil” e “Rei Negro”, no Concurso do Círculo Americano de Cultura.

Aos 23 anos – em 1935, ao estourar a Intentona Comunista, por ter sido encontrado em seu quarto um livro sobre Luís Carlos Prestes, que pertencia a um colega de quarto, foi preso e levado para Ilha das Flores, onde ficou seis meses sofrendo maus tratos e privações, sendo ao final excluído do Exército. É anistiado em novembro de 2006, sendo reintegrado com todas as normas.

Seguiu por diferentes profissões: Investigador de Polícia Especial, no Rio de Janeiro; Oficial do Registro Civil, em Rio Brilhante; Fiscal de Rendas nas cidades de Rio Brilhante, Maracaju e Dourados; Delegado de Recenseamento da Região de Rio Brilhante; Escriturário e assessor da Comissão de Limites Brasil-Paraguai; Assessor de Gabinete do governador, auxiliar do Diretor de Imprensa, chefe do Departamento de Terras e Colonização e assessor do diretor do Diário Oficial do antigo Território Federal de Ponta Porã; Diretor de Assistência Social da Prefeitura de Presidente Venceslau-SP.

Publicou mais de 60 obras, foi membro de diversas instituições e academias no Brasil, dentre as quais o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, a Academia Mato-Grossense de Letras, além de instituições estrangeiras, como Centro Folclórico Sul-Americano de Bogotá, o Cultura Crioula de Paissandu, no Uruguai e a Sociedade de Pesquisa Folclórica de Lisboa.

Hélio Serejo faleceu em 8 de outubro de 2007 em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Entre os cerca de 60 livros publicados, destacam-se:

Tribos Revoltadas – Novela Íncola – 1935

Carreteiro de Minha Terra – 1936

Modismo do Sul de Mato Grosso – 1937

3 Contos – 1938

4 Contos – 1939

Homens de Aço – A Seita nos Ervais de Mato Grosso – 1946

Ronda Sertaneja – 1949

Rincão dos Xucros – 1950

Prosa Rude – 1952

Tinha um pé de maconha em casa -1955

Canto Caboclo – 1958

O Homem Mau de Nioaque – 1959

Poesia Mato-Grossense – 1960

Buenas Chamigo – 1960

De Galpão em Galpão – 1962

Versos da Madrugada – 1969

Carta de Presidente Venceslau ao Cumpadre Nasermo – 1970

Prosa Xucra – 1971

Pialo Bagual – 1971

Vento Brabo – 1971

Rodeio da Saudade – 1974

Vida de Erva – 1975;

Contas do Meu Rosário – 1975;

Zé Fornalha – 1976;

Abusões de Mato Grosso e de Outras Terras – 1976;

Campeiro da Minha Terra – 1978;

Fogo de Angico – 1978 ;

7 Contos e Uma Potoca – 1978;

Lendas da Erva-Mate 1 – 1978;

Pelas Orilhas da Fronteira – 1981; Lobisomem – 1982;

Palanques da Terra Nativa – 1983; Caraí – 1984

Acervo Familiar – Hélio Serejo

FASP – Uma oportunidade de enaltecer nossas identidades culturais e a união de nações com trajetórias muito próximas. O Festival América do Sul Pantanal promove encontros que valorizam a diversidade cultural do continente, a criação e fruição de riquezas, o intercâmbio, a revelação de experiências e debates de temas relativos à cultura, à cidadania, ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável.

Mais informações sobre o evento no site www.fundacaodecultura.ms.gov.br ou pelo telefone 3316-9109.

Publicado por: mbreda@fcms

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