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16 de abril de 2024 - 04:11

Festival abre espaço para cultura indígena e oito etnias participam da exposição

Artesãos das oito etnias indígenas de Mato Grosso do Sul estão participando da 17º edição do Festival de Inverno do Bonito. O espaço ‘Tenda dos Saberes Indígenas’ foi montado com o objetivo de expor a cultura e a arte de cada povo, valorizando os mais de 61 mil índios sul-mato-grossenses, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O Estado possui a segunda maior população indígena do país, ficando atrás apenas do Amazonas. A subsecretária da Subsecretaria de Políticas Públicas para População Indígenas, Silvana Dias Albuquerque destacou que a tenda foi montada pela primeira vez em 2015, com apenas seis indígenas expondo, mas neste ano o espaço foi ampliado e todas as etnias foram abrangidas. “A gente quer mostrar a cultura desse povo, que tem o artesanato como sustento e tradição, e o melhor, produzem sem agredir o meio-ambiente, usando apenas o que a natureza oferece para eles”, acrescentou.

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A dona Geneveva Roberto Flores, de 53 anos veio representando os Kinikinau, localizados em Porto Murtinho. Ela trabalha com a cerâmica, produzindo vasos e artesanatos para decoração. “Eu, meus filhos e meu esposo trabalhamos na produção. Aprendi ainda muito pequena com a minha mãe, que aprendeu com a minha avó, e assim por diante. Nós tentamos repassar isso, para não deixar nossa tradição morrer”, explica.

Já a dona Catarina Ramos, do povo Guató de Corumbá, trouxe as bolsas feitas de Fibra de Aguapé para vender no Festival. Segundo ela a confecção é lenta, porque começa lá na canoa, no meio do Rio Paraguai, de onde é tirada a fibra. “A gente tem que ir atrás, entrar na água, correr perigo de um bicho pegar, depois levar para secar, onde vai quase uma semana, e só aí
conseguimos trabalhar com ela”, conta ao acrescentar que depois de todo o processo feito, consegue produzir uma média de cinco bolsas por dia.

O povo Atikum, que não é natural de MS, mas vive aqui há mais de 40 anos, dividindo espaço com os Terenas, de Nioaque, também participa das exposições. Marinalva Conceição, de 32 anos, veio com camisetas e as maracás, usadas nas danças de sua etnia.

As etnias Ofaié, Guarani-kaiowá , Kadiuéu e Terena também participam do Festival.

Kemila Pellin

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