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29 de março de 2024 - 02:02

Estudantes da UFGD participam da criação de site que vai auxiliar agricultores familiares durante a pandemia

Em apoio a projeto do Governo de MS, os acadêmicos de Engenharia de Computação desenvolveram a plataforma Manucã, voltada ao escoamento da produção em tempos de isolamento social

Em colaboração a projeto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO) de Mato Grosso do Sul, dois estudantes do curso de Engenharia de Computação da UFGD desenvolveram uma plataforma on-line que pretende aproximar produtores rurais da agricultura familiar e consumidores.

O site, batizado de Manucã, que no idioma guarani significa “vou trabalhar na roça”, está no ar desde o dia 22 de maio e funciona da seguinte maneira: produtores e compradores realizam cadastro gratuito e podem publicar anúncios de oferta e de busca por produtos como frutas, hortaliças, mudas e plantas ornamentais. A ferramenta, no entanto, não permite o e-commerce, servindo apenas como espaço de interlocução.

Orientados pelo professor Everton Tetila, da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia (FACET), à qual está vinculada a graduação em Engenharia de Computação, os alunos Felipe Natan e Matheus Zarate foram convidados pelo Governo do Estado a participar da iniciativa, sendo incluídos como bolsistas via Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Felipe, de 21 anos, e Matheus, de 23, cursam o sétimo semestre do curso e ficaram em evidência após a criação, no início da pandemia de covid-19, de um site que apresenta dados atualizados sobre a doença em Mato Grosso do Sul. A atividade chamou a atenção de servidores do Governo do Estado e, no mesmo dia em que a plataforma “COVID-19 MS” foi divulgada pela UFGD, receberam convite para integrar o grupo de trabalho do Manucã.

Matheus explica que o site foi elaborado para ser simples, leve e fácil de usar, pois parte do público-alvo, que são os produtores rurais da agricultura familiar, não tem familiaridade com as tecnologias de informação. “Tentamos deixar bem leve por causa do sinal de internet, que pode variar na área rural, e inserimos vários textos explicativos e um vídeo tutorial que ensina como usar a plataforma”, elucida o estudante.

“É gratificante saber que estou contribuindo para um projeto que vai beneficiar pessoas menos favorecidas, principalmente nesse momento de pandemia. Devemos, mais do que nunca, ser solidários com aqueles que perderam sua fonte de renda”, afirma Felipe.

A plataforma, pensada pela equipe da SEMAGRO, levou um mês e meio para ser desenvolvida pela dupla, colaboração que ainda vai até dezembro de 2020. Nesse período, serão feitos manutenções e aprimoramentos no site, que deve ganhar novas funcionalidades em breve, como uma área para que trabalhadores do transporte possam oferecer seus serviços, fazendo a ponte entre o produtor e o consumidor.

AGRICULTURA FAMILIAR

O representante da SEMAGRO, Jaime Verruck, diz que com a crise causada pela pandemia, as formas de comercialização tradicionalmente empregadas foram afetadas, de maneira que foi necessário criar meios de socorrer o escoamento dos produtos hortifrutigranjeiros, já em queda no consumo.

“Mesmo com o projeto ‘Feira Segura’, que possibilita aos consumidores a certeza de que os feirantes seguem as normas de biossegurança, e a com a Lei Nº 13.987/2020, que autoriza a distribuição de alimentos adquiridos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) às famílias de estudantes da rede pública durante a suspensão das aulas presenciais, a pandemia demandou uma reorganização das nossas iniciativas”, expõe.

Ele explica que o principal objetivo com a criação da plataforma Manucã é atender a demanda local – restrita a Mato Grosso do Sul – podendo cadastrarem-se produtores rurais, integrantes de associações ou cooperativas de produtores. O cadastro é simples e rápido, por meio do CPF ou do CNPJ. O mesmo serve para os mercados consumidores, que podem colocar anúncios por suas demandas.

O secretário ressalta que a divulgação da ferramenta vem sendo realizada de forma proativa, por meio de reuniões virtuais e em contatos feitos com os produtores, que também serão capacitados em comercialização, caixaria, embalagem, logística e marketing.

“Com as famílias passando mais tempo em casa, há aumento na busca por alimentos em mercados, especialmente por itens básicos. Por outro lado, o medo do contágio levou os consumidores a irem menos vezes às lojas físicas, aumentando a busca por canais virtuais e apoio a pequenos empreendedores. Por isso, a plataforma será mantida não somente nesse período e será aprimorada constantemente conforme formos observando as necessidades e as novas oportunidades de mercado”, sinaliza Verruck.

Atualmente, conforme o Censo Agropecuário feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso do Sul possui 71.164 propriedades economicamente ativas, sendo que, 43.223 pertencem a famílias que integram a agricultura familiar, representando 61% do total.

O projeto Manucã é coordenado pela Superintendência de Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar da SEMAGRO, com apoio da Associação Sul-mato-grossense de Supermercados (AMAS), da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em MS (Abrasel/MS), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e, como já citado, da UFGD.

Ficou interessado (a) em conhecer a plataforma Manucã? Acesse: https://manuca.semagro.ms.gov.br.

Jornalismo ACS/UFGD
Manucã
Plataforma Manucã, elaborada por estudantes de Engenharia de Computação da UFGD, em apoio à SEMAGRO

Manucã
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